terça-feira, 31 de outubro de 2006

Menina feliz

A minha (des)beleza deu bons frutos!
Valeu a pena.
A minha menina foi uma das contempladas com prémio.
Está tão feliz! E eu também.
“Mamã, o que interessa é participar, mas ganhar também é bom.”

Cabeçinhas

A agitação matinal tardia será um defeito dos malandros?
Não sei!
O que sei é que se me levanto tarde, corro para dar a conta.
E se me levanto cedo, para dar a conta corro.
Não há maneira de "matar o bicho" tranquilamente, até o singelo copito de leite me escorrega pela goela sem sequer sentar o rabito na cadeira.

Hoje, no meio das pressas, o papá leva a menina para o carro enquanto a mamã dá uma última penteadela ao cabelo.
Mamã sai a correr, carro pronto para abalar e tuca a caminho da escolinha.

Ao chegar, abro a porta para sair a pequena e... surpreeeesa!!
Nos seus pézinhos brilhavam os chinelitos de quarto (côr de rosa com florinhas, alegremente comprados na loja dos chineses), que faziam um lindo conjunto com o fato de treino (em dias de actividade fisica já vai equipada). Grrrrrrrrrrr!
Abram alas de volta a casa calçar os ténis.
Lógicamente chegou atrasada.
Consegui ver da porta o sempre simpático sorriso da professora mas... não ouvi a justificação dada para o atraso.
Terá contado a verdadeira história?

sábado, 28 de outubro de 2006

Ouvido de passagem

Aqui da loja posso ver e ouvir as pessoas que pasam na rua:

Um casal encontra o filho com dois amigos.
São jovens com 15 ou 16 anos. O Miguel é o filho.
Ficam todos felizes com o encontro.
Depois de esfusiantes e atribulados cumprimentos com o filho numa de "apertos de mão" ginasticados tipicos da juventude e o pai numa de beijinho, acabaram por vencer as duas modalidades.
O filho (des)arranja com a mão os cabelos "em pé".
Mãe: - "Ó Miguel não faças mais isso ao cabelo".
Miguel sorri e continua.
Mãe: - "Ó Miguel, parece que nem te lavas".
Miguel e os amigos afastam-se amigavelmente.
Pai: - "Puxa as calças p'ra cima!"

O meu filho tem 4 anos.
Quando é que vou ter diálogos destes na via publica?

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Desafio

Coincidencia: o primeiro desafio lançado pela mamã que postou o primeiro comentário.

Pois cá vai:

Olhos?
Castanhos
Cabelos?
Castanhos
Altura?

Peso?

Ascendencia?
Portuguesa
Signo?
Gemeos
Sapatos que está a usar?
Sem salto(excepcionalmente)
Medo?
Tenho medo de ter medo
Objectivo que gostaria de alcançar?
Tantos... e cada dia aprece mais um. Eu vivo por objectivos.
Frase que mais uso no msn?
Não tenho isso, mas no resto da net será talvez "Pois não" e "Que bom".
Melhor parte do corpo?
Todas, quando não me doiem.
Pepsi ou Cola?
Tanto faz (mas só quando o rei faz anos)
MacDonald's ou Bob's?
Nunca
Café ou capuccino?
Desgosto dos dois a mesma conta.
Fuma?
Nunca (no trabalho, passivamente, todos os dias)
Palavrões?
Quando a coisa começa a azedar...
Perfume?
Tenho uma "coleção" de ofertas.
Canta?
Só para os meninos ou juntamente com o barulho do aspirador.
Toma banho todos os dias?
Depende se tomo á noite ou de manhã. Há espaços de 24 horas em que vão dois e outros em que não vai nenhum.
Gostava da escola?
Tinha dias
Acredita em si mesmo?
Quando estou a mentir não acredito.
Dá-se bem com os seus pais?
Se não desse, morria.
Gosta de tempestades?
São as tempestades da vida que nos fazem apreciar as bonanças e os momentos felizes.


No ultimo mês.....

Bebeu alcool?
Moderadamente e só em raras ocasiões especiais.
Fumou?
Não.
Usou drogas?
Se o vicio dos blogues contar...
Fez compras?
Lógico.
Comeu um pacote inteiro de bolachas?
De uma só vez não.
Comeu sushi?
Seria incapaz (pois se não como peixe frio por saber a cru)
Fez biscoitos caseiros?
Sim, com as crianças.
Pintou o cabelo?
Não.
Roubou?
Roubei estas perguntas de um blog que as tinha protegidas.
Numero de filhos?
Dois.
Como voçê quer morrer?
Por enquanto não quero.
Piercings?
Só os brinquinhos normais, uma em cada orelhita.
Tatuagens?
Só as da alma (coisa boas ou más, que ficam para sempre).
Quantas vezes o seu nome apareceu nos jornais?
Uma, no jornal da paróquia quando casei por igreja.
Cicatrizes no corpo?
Pequenas marquinhas das brincadeiras de crianças, nada em especial.
Do que se arrepende de ter feito?
A sério, a sério... acho que de nada.
Côr favorita?
Depende da ocasião e circunstancia.
Qual a disciplina favorita na escola?
Português.
Um lugar onde nunca esteve e gostava de ir?
Passar uma temporada numa daquelas aldeias com casinhas de pedra e sem automóveis.
Matutina ou nocturna?
Gosto de levantar tarde... mas não posso.
O que voçê tem no bolso?
Bolso traseiro: um papel com a morada de uma papelaria.
Bolso esquerdo: 55 centimos.
Bolso direito: uma colher, um lenço e 2,44 euros.
Em dez anos imagina-se......
Com exactamente mais dez anos que hoje.


PASSO O DESFIO A TI.
SIM ! A TI MESMO!
FAZ FAVOR...

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Filhos de ninguém

Antigamente nas escolas os meninos estudavam separados das meninas.
Os homens e rapazes eram cumprimentados pelas mulheres e raparigas com um aperto de mão.
Um sorriso de uma mulher para um homem era “mau sinal”.
Um abraço então... valha-nos Deus.
Grandes e animadas conversas... ái ái.
Sexo... só depois do casamento.
Divórcio... isso era o quê?
A mulher punha... e o homem dispunha.
Dispunha até mesmo dela.
Usava-se a expressão “Fez-lhe um filho” - como se os homens fizessem os filhos sozinhos e a mulher não fosse mais que o tacho onde o conceituado chefe de cozinha prepara a refeição.
Quando “sobrava” um bebé era colocado numa cestinha à porta de uma família de posses.

Hoje por vezes pergunta-me, se os “antigamentes” não tivessem sido alterados, será que “sobrariam” tantos bebés?
Uns querem tanto... e não têm nada.
Outros têm... e deitam fora.
"Dá Deus nozes a quem não tem dentes".
Será esse um dos preços que alguém tem que pagar pelo “tirar da mordaça”?
Não sei. Não sei.
Só sei que NÃO preciso dos “antigamentes” para que os meus filhos não sobrem.

As crianças que sobram, umas têm mesmo azar, seja sós ou seja em ninhos de víboras.
Outras conseguem um lar acolhedor ou um ninho carinhoso.
Eu não lhes posso oferecer o meu lar acolhedor, mas posso, podemos todos, ajudar um ninho carinhoso. E ajudar não custa nada, principalmente nos casos em que não custa mesmo nada.

Há alguns meses que todos os dias faço um “click”.
Tive conhecimento desse “click” por uma mamã do fórum dodot (Carla), que colabora com a associação. Acredito piamente que estou a fazer alguma coisa.

UM COLO PARA CADA CRIANÇA

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Acende uma velinha

Nos meus passeios por alguns belos locais, vim aqui encontrar a corrente das velinhas.
Não entendo muito bem nem sei se acredito no funcionamento destas coisas, mas pior do que está não vai ficar. Também vou acender uma velinha, se resultar quero sentir que também fiz alguma coisa.

"As crianças vítimas de abusos através da internet não podem defender-se, mas tu podes defendê-las. Com a tua ajuda conseguiremos erradicar este flagelo. Não precisamos do teu dinheiro; somente que acendas uma vela de apoio.
Estamos a enveredar esforços para que se acendam Um Milhão de Velas até 31 de Dezembro de 2006. Esta petição será usada tendo em vista encorajar governos, políticos, instituições financeiras, organizações de pagamento, servidores de internet, companhias de tecnologia e agências de investigação policial, a erradicar a viabilidade comercial do abuso infantil online. Eles têm o poder de trabalhar juntos. Tu tens o poder de os mover.
Por favor acende a tua vela, ou envia um e-mail de apoio para light@lightamillioncandles.com
Juntos seremos capazes de destruir a viabilidade de sites de abuso infantil que destroem as vidas de crianças inocentes.
Divulga esta informação, para que também os teus amigos, conhecidos, colegas e leitores acendam uma vela."

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

A nova(?) praga da escola

Não! Desta vez não estou a falar de piolhos!
Estou a falar de crianças, infelizmente.

Eu sou defensora acérrima dos direitos das crianças. Todas são iguais independentemente de côr, raça, estatuto social, beleza, etc, etc, etc.
É com muito dor, muita mágoa, muita sensação de ser mesquinha e rude, que vou escrever estas palavras.
Eu não sou má . Estou apenas revoltada.
Há crianças nas escolas que são uma autentica praga.
Antigamente, quando eu andava na escola primária (1976/1980), o terror eram os miúdos ciganos. Pessoalmente não tive más experiências, a menina cigana que foi minha colega durante poucas semanas era simpática. Desenhava a cara da Heide impecavelmente. Cantava no circo com a mãe, os irmãos e o pai eram palhaços, uma deles chamava-se Martelo.

Elvira.
Se por passares por aqui, diz qualquer coisa. A minha menina adora a Heide e eu ainda não aprendi a desenha-la.


Agora há miúdos que no recreio da escola se dedicam a esmurrar os outros miúdos, sob o olhar impávido e sereno de professores e auxiliares.
Na reunião de pais pensamos em proibir de almoçar no refeitório da escola quem pusesse em risco a segurança dos coleguinhas. Seria uma solução, ou aprende a comportar-se ou quem o fez que o ature. Mas não pode ser. Por coincidência (ou não), os meninos maus são aqueles que tem dificuldades, que são carenciados, que a única refeição de jeito que comem é aquela que lhes dão de graça na escola. A escola é OBRIGADA a dar alimentação a essas crianças. Tudo bem, eu concordo mas... e a segurança dos outros?
Se eu fosse carenciada a minha filha tinha direito a:
Comer na escola de graça.
Esmurrar as fuças dos outros gaiatos.
Chamar puta, cabrona e outros mais à professora e auxiliares e mandar todos para todos os “tais sítios” para onde se pode (mas não se deve), mandar alguém.
Como não sou carenciada a minha filha apenas tem direito a tentar safar-se no meio da selva.

Recadinhos:
Para os adultos que assistem impávidos e serenos:
estou convosco, possivelmente teria que fazer o mesmo se estivesse na vossa situação. Sei que também teem filhos para criar e também vocês teem que sobreviver no meio da selva.
Para os senhores que ditam as leis das escolas:
em que escolas estão os vossos filhos? Experimentem colocá-los numa escola pública sob a capa do anonimato. Só assim poderiam sentir na pele o que muitos pais portugueses sentem.
Para os meninos maus:
Lamento por vocês, meus amores. São talvez as principais vítimas. E o pior é que nem sequer teem a sorte de serem rebeldes por excesso de mimo. Também são vitimas da falta de mimo e por vezes até de amor.
Para os pais preocupados como eu:
Não digo nada, pois se também não sei o que dizer a mim própria...
Para os pais dos meninos maus que são excepção:
Perdoem-me a injustiça. Não me refiro a todos. Apenas a alguns.
Para os pais dos meninos maus que NÃO são excepção:
Também não digo nada, pois infelizmente, com vocês nem conversar se consegue.
Para quem leu e compreende a minha aflição:
Talvez fosse melhor para vocês se não entendessem. Teriam mais paz.
Para quem leu e não compreende a minha aflição:
Que bom para vocês. Eu também gostava de não ter motivos para me preocupar.

Esclarecimento:
Os meus filhos ainda não foram vitimas, mas as situações criticas estão ao rubro.
Tudo pode acontecer a qualquer hora.

Sei que não sou mãe perfeita, nem as há.
Sei que não tenho filhos perfeitos, nem os há.
Sei que educar é difícil e nem sempre conseguimos o que queremos.
Sei que se hoje são uns anjinhos, amanhã podem ser uns diabinhos.
Sei que quem tem filhos nunca poderá dizer desta água não beberei.

Sei. Sei. Sei.
Compreendo tudo (ou quase tudo), o que tiverem para me dizer contra o que escrevi.
É por isso que me sinto tão mal com as minhas próprias palavras.
É só um desabafo que cobardemente descarrego na net, onde ninguém me julgará cara a cara.

sábado, 21 de outubro de 2006

(Des)Beleza de mãe

Se ao menos tivesse ficado...
assim direitinha...
Eu explico

A minha menina adora participar em passatempos de revistas infantis.
Já ganhou vários prémios mas diz que "o importante é participar" (isto consegui ensinar-lhe). VIVA!
No ultimo trabalho que fez, cismou que queria cabelos naturais.
Não havia no stock da despensa, claro!
Os do papá são minúsculos.
Os carocóis do mano, nem pensar.
As trançinhas da menina, mamã não quer.
Solução: Aqui a "mamãzinha doce" ruma ao wc de tesourinha na mão e...
sái de lá com material para o trabalho.
Sim, sim. E ficou linda com uma franjinha caseira!
As coisa que que as crianças nos obrigam a fazer!
Mas valeu a pena, o trabalhinho ficou espectacular!

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

"Ela cheira mal"

No jardim-de-infância do meu menino anda uma menina adorável que ele não gosta.
Nunca gostou.

A menina não tem uma vida fácil, mas tem um sorriso lindo.
A menina não usa marcas, mas tem roupinhas lindíssimas.
A menina tem um cabelinho preto brilhante, lavadinho e penteadinho.
A menina tem o cheirinho normal das crianças asseadas.

Mas o meu menino diz
“Não gosto dela. Ela cheira mal.”

Cheguei a ficar aborrecida com ele.
Mas porquê?
Não é verdade.
E ainda que fosse... enfim, a sinceridade pura das crianças por vezes magoa.

...

Um dia da semana passada, quando fui levar o meu menino ao jardim-de-infância, a dita menina corre para mim com toda a sua simpatia.
Resultado: um enooorme abraçinho e um beijinho no alto da cabecita.

Desde bebés que adoro dar beijinhos na cabecinha dos meus meninos.
Desde bebés que me habituei a chamar-lhes querido/querida e amor.
Apanhei o jeito e faço o mesmo a todas as crianças.
Já não sou capaz de falar com uma criança, sem usar no mínimo uma destas palavras.

Mas voltando ao assunto, com aquele beijinho, fez-se luz na minha cabeça.
O cabelinho da menina, com aspecto de recém lavado e molinhas a prende-lo.... tresandava a tabaco.

Na nossa casa ninguém fuma.
Não frequentamos (com as crianças), locais com fumo.
As minhas crianças sabem o que é um cigarro.
Mas não estão habituadas a respirar o seu cheiro.

O cabelo da menina é lavado.
Os pulmões da menina não podem ser lavados.
Se o cabelinho que é lavado amiúde está assim... então...

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Conflito de gerações

A primeira vez que ouvi falar neste conflito (embora já o conhecesse na prática, não sabia que tinha nome), foi nas aulas de inglês do 7º ano.
Era um dos temas de trabalho referenciado no livro.
Muitas vezes surgiu entre mim e meus pais, como é lógico e "saudável".

Parece que agora começa a surgir ente mim e os meus filhos.
E a culpa é dos malvados mosquitinhos azuis!

Alguém sabe o nome deles?

A resposta poderá depender da idade ou de há quanto tempo os viram pela ultima vez.

Pois para mim são Estrumfes!
E para eles são Smurfes!

Até aí tudo estaria tudo bem. Só que não está.
As minhas doces e meigas crianças querem á força toda fazer-me smurfar.
Mas eu só consigo estrumfar.
E agora? Estrumfam uns e smurfam outros?
E onde fica a união familiar que eu tanto prezo?

Quantas coisitas destas a sério teremos ao longo da nossa vida?
Gostava que vivêssemos as nossas vidas num núcleo de harmonia, tipo um por todos e todos por um. Oh, como gostava!

Vamos ver.
Vamos ver o que o futuro nos reserva. A adolescência é o que mais me preocupa. Dizem que não é fácil lidar com adolescentes. Porquê? Talvez a diferença de ideias.

Mas ainda tenho um longo caminho a percorrer até lá. Com o tempo vou aprendendo, eu também.
Mas o tempo passa tão depressa!
Como li num bloguito, daqueles que por vezes são escritos com tal inspiração que parece que foram escritos por nós todos, o que é o tempo? O que é o "agora"? Estalamos os dedos e o amanhã já é ontem.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Queridos visitantes


Vós, que tendes a paciência suprema para me ler, permitis por certo que abuse um pouco da vossa boa vontade.
Reparei que a maioria de vós conseguistes a proeza de “ilustrar” o nome.
Podereis por gentileza dar-me uma dicazita??
Muito vos agradeço a atenção que podereis dispensar-me.

P.S.Já tentei editar o perfil.
Ma nã sê ond'é que tá esse gajo.

P.S.2 Por "ilustrar" entenda-se: pôr uma imagem junto do nome quando se comenta e no topo do blog.

Muito, muito obrigado.
Já consegui, ou melhor...
VOÇÊS conseguiram que eu conseguisse.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Raízes

Sozinha contra o mundo

Sinto-me uma inadaptada à sociedade em vários aspectos.
E não me venham com cantigas porque não é SÓ uma questão de idade.
Há assuntos que começaram em mim, ainda primeiro que a adolescência.
Neste momento aquele que mais me revolta é a questão das raízes.

Há “muito, muito tempo” eu queria uma menina loirinha, de cabelos lisos e de olhos verdes.
A minha menina tem olhinhos cor de castanha, cabelinhos do mesmo tom e nos seus cabelinhos compridos ainda se notam alguns caracóis.
A minha menina é a mais linda do mundo e eu adoro-a.

Há “muito, muito tempo” eu achava que só queria meninas e se tivesse algum menino o seu cabelinho seria liso para cortar em “tigela”.
O meu menino tem coracolinhos cor do sol e olhinhos de amêndoa. Não o trocava por outra menina.
O meu menino é o mais lindo do mundo e eu adoro-o.

Tudo pode mudar, tudo muda, mas a questão das raízes continua viva.

O nome. O nome de cada um, ilustra de certa forma as suas raízes.
O nome próprio, apelido da mãe, apelido do pai. Ok. Perfeito.

Então porquê só usar um dos apelidos?
Que direito teem os outros de falar o nome dos meus filhos omitindo a minha marca? A minha que sou a mãe?

Quando uma mulher tem um filho e não tem certeza de quem é o pai, é obrigada a fazer uma “lista” de possíveis para fazer análises e descobrir. Não sei se é a regra para todos mas já “vi” casos assim.
E a mãe? A mãe que nem sequer precisa de detective para ser encontrada, essa ... essa parva pode perfeitamente ser apagada no uso do registo das suas raízes?
Não foi o meu caso, mas se tivesse sido era isso que me estaria a acontecer agora?

Quando a catequista leu o nome da minha menina só com o apelido do pai a minha vontade foi dizer-lhe com todas letras.
Todos nós sabemos (sendo crente ou apenas por uma questão de cultura, não é isso que está em causa), que Nossa Senhora Imaculada foi concebida sem pecado.
Nossa Senhora sim, o meu marido não.
O pai da minha filha não é Imaculado e ela tem mãe de carne e osso. E essa mãe sou eu, pourra! Bonita ou feia, gorda ou magra, velha ou nova, inteligente ou estúpida não interessa, mas SORTUDA por ser MÃE daquela menina.

Dizem-me que é universal, que é mais prático. Não me interessa. Se eles próprios um dia resolverem banir do próprio nome quem os trouxe ao mundo porque dá muito trabalho dizer o nome todo, tudo bem. Tudo bem não, tudo mal, mas aceito, terei que aceitar. Mas outros... os outros vão para o raio que os partam, não se metam.

Sei que estou sozinha contra o mundo. Eu sei. Mas não me interessa. Acho que tenho o direito de não ser omitida do nome dos meus filhos. Ou então por que carga de água é que no registo me deixaram registar os gaiatos com 4 nomes?
Se é para usar metade não era preciso pô-los todos. Ainda se fosse alguma grande remessa...
Não espero compreensão.
Apenas o devido respeito pela opinião de cada um.

sábado, 14 de outubro de 2006

Coisas que o tempo muda

Agora já não chego ao trabalho com babetes na mala, não tenho que me preocupar se as mangas da blusa irão começar a cheirar levemente a "azedo" nem corro o risco de me veram com papa espalhada nas roupinhas que trago vestidas.
Pois é! Até parece que não posso correr qualquer "risco" agora. É, não é?
Nãããããããão!
Agora estou muito mais fashion, sabem?
É verem-me chegar ao trabalho complectamente enfeitada com colarzinhos e pulseirinhas da boneca Mimi, da Barbie ou qualquer outra simpática que não se importe de me emprestar.

A cabeça ás vezes não dá para tudo.

Tenho de pôr um papelito colado no volante do carro, para o ver antes de me descer:
ATENÇÃO:
Modista de casa esteve de serviço.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Quem é que...?


Quem é que me f#@§& o blog?

Será po ser 6ª feira dia 13?
Eu não acredito nisso.

Até para as crianças existem explicações!

Eu sou muito burrinha nestas coisas de blog's.
Cada "coisinha" que tinha feito, deu-me tanto trabalhinho que ninguem imagina (a não ser que seja tão burro quanto eu, claro está).

Agora vou ter oportunidade de pôr á prova se consegui aprender alguma coisa ou não.
Obrigado 6ª13 por esta oportunidade!

Tenho mais pena é do contador que já somava mais de cem visitinhas.
Agora ficarão na mesma sem visitinhas mas com "s".

Bom fim de semana para todos!

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Ibernados? Ou mortos de fome?

Este Verão, quando nos mudamos do apartamento para uma casinha com quintal, UAU!
Flores novas e em quantidade!
Árvores para o quintal!
Relva!
Um tanque para lavar roupa á mão! (gosto mesmo!)
Espectacular!
Uma festa!
Enfim... liberdade!
O avô dos meus meninos trouxe dois cágados. Grandinhos!
Um cágado e uma cágada. Mais tarde veio outra mas fugiu.
Toca de procurar na Net coisinhas sobre os bichos.
Afinal podem hibernar.

Foram baptizados e amansados. De tal forma que só comem dado á mão.
Mas as férias acabaram, os miúdos foram para a escolinha... e o vagar foi substituído pela falta de tempo.

A semana passada começaram a dar sinais de querer hibernar: molinhos, não iam para a água, todo o dia sem se mexeram. Foram-lhe oferecidas umas minhocas... não quiseram. Sem tacto na cabeça e sonolentos.

No Domingo encontrei esquecida na despensa um caixinha de comida para gato (compramos para dar aos cágados).
Resolvi insistir em dar-lhe para não ter que deitar fora por ultrapassar a validade. Começaram a espertar e acabaram por comer TUDO.
Na 2ª feira comeram uma lata de salsichas.
Na 3ª feira almoçaram fiambre da perna Nobre.
Ontem já foram passear até ás “dianteiras” da casa.

Afinal? Hibernam ou morrem de fome?

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

A Sónia faz falta

O meu menino anda no Jardim de Infância.
É o mesmo em que andava o ano passado.
Mas não é a mesma coisa.
Há meninos que antes e depois do horário normal, ficam no prolongamento (coisas da vida - pais que trabalham e teem horários lixados).
No prolongamento e na hora de almoço ficam aos cuidados da animadora.

O ano passado:
Dava gosto ver os meninos do prolongamento:
Cantiguinhas com gestos
Histórinhas
Lengalengas
Pinturas
Dezenhos
Pintura em azulejo
Flores de papel
...
A animadora fazia com eles:
Bolos
Mouse
Pipocas
...
Esta animadora foi para outra escola
Veio outra para esta.

Este ano:
Vou lá dia sim, dia não.
E em TODAS as vezes que lá vou eu vejo os meninos, sentadinhos em colchões a ver televisão.
Estou a ser injusta, houve um dia em que a televisão não estava ligada.
Nesse dia andavam os adultos todos “as voltas” porque o incasável televisor se esquecera que havia tirado o curso de educador de infância e resolveu avariar.

Eu sei que não é fácil admitir, mas a verdade é que mais vezes do que gostaríamos, não temos literalmente tempo para os nossos filhos. E que fazemos? Toca a ver televisão! Quem NUNCA o fez que atire a primeira pedra. Estas vezes mais aquelas em que eles exigem, não seriam já por si, horas de televisão suficientes?

Enfim... onde tu estás Sónia, felizes dos meninos que estão contigo.

Ontem (como tantas outras vezes), jantámos em casa dos meus pais.
Quando chegámos á nossa o soninho já “espreitava”.
Vi que tinha um ar tristinho.
“Fofinho, tás feliz?” - perguntei
Ganhei um super abraçinho
“Tou. Tou falíz. Tou faliz pú tu ezitii” (tradução: Estou feliz por tu existires).

Sabe tão bem...

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Fazer-se feliz a si própria

Eu trabalho numa loja.
Hoje esteve cá a D .Custódia. Vai fazer anos dia 9 do próximo mês e precisa de comprar um “x” novo.
Viu todos os que havia e escolheu o mais barato - a vida da D. Custódia não é fácil.
“Só o abro no dia 9” – disse-me
Ao colocar no saco pergunta-me:
“Não pode fazer um embrulhinho? Só vou abrir no dia 9.”
Claro que fiz um embrulhinho todo catita, enquanto pensava o quanto a situação era ridícula e desnecessária.
A D. Custódia foi embora feliz.

E eu fiquei a pensar.
Quem é que é ridículo no meio disto tudo?
Apenas e tão sómente “aquela” que classificou a situação de desnecessária.

Final previsível da história:
No dia 9, se ninguém se lembrar dos seus anos, a D. Custódia não ficará triste nem deixará de receber uma prenda pelo seu aniversário.
A D. Custódia não é culta, não é doutorada, nem sequer é letrada.

Mas a D. Custódia sabe muito: sabe fazer-se feliz a si própria.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Contadores

Hoje consegui mais uma vitória.
Colocar aqui um contador de visitas todo catita.
Sim, é que tudo isto são grandes vitórias para quem há pouco mais de um mês não sabia o que era um blog e para quem o inglês é quase chinês.
Mas como toda a rosa tem espinhos, o fantástico contador conta com um número astronómico de visitas.
Como? Como é que eu o ponho a zero?

Haja alguém.
Alguém simpático, amável e que não se ria de mim, que me digo como.

Como convenço o “bichinho” a ser sincero comigo?
Ou então terei que “devolve-lo à procedência”.


"Suplemento do post" - dia 10

** Obrigado! Muito obrigado! Já consegui! **

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Contrução civil

A construção civil está em crise.
Ontem foi dia 5 de Outubro, quinta feira.
Hoje, logicamente, é sexta.
Amanhã, logicamente, é Sábado.
E eu sou uma vitima da crise na construção civil.
Alguns felizardos tiraram umas mini-férias.
Eu “amouchei” o dia todo a trabalhar e ainda tenha mais meio-dia amanhã.

A minha ponte é uma daquelas que ainda não foi construída.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

A arte de bem falar

Gosto de ouvir falar bom português. Sempre gostei. Embora tenha um imenso orgulho das expressões tipicamente alentejanas. E gosto de as utilizar. Faço ate questão que os meus meninos as entendam todas.
Na minha casa não se usam termos tipo “pá” e “gajo”. No entanto aos adultos é permitido dizer pourra.
Entendo perfeitamente os “dialectos” juvenis. Utilizo-os também mas nunca em casa ou por escrito. Tenho orgulho em falar português ou alentejanês, mas puros.
A minha menina anda na escola há pouco mais de duas semanas:
“Mamã está ali uma cena. Aquele ursinho... “ etc, etc, etc.
UPS! Por que raio é que o facto do pijama ter ursinho cor-de-rosa, tem que ser considerado uma cena?
Ái, ái, o meu esforço de seis anos a tentar incutir gosto pelo português tradicional a ser assassinado em meia dúzia de dias.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

MAMAS


Leonardo da Vince
Madona Litta














Não, não é mamãs sem til (~).

É mesmo mamas, mamas de mulher.

Daquelas que nos trazem, a todos ou quase todos, a ternura do primeiro alimento.

Daquelas que, mesmo não sendo um regalo para os olhos de qualquer homem, mesmo não sendo bonitas nem “boas”, devem ainda assim, ser o orgulho de qualquer mulher.

Muito para além da “versão erótica”, elas representam amor, dádiva e vida.

O seu acto mais sublime será talvez o de amamentar.

Com muito mais vida, muito mais carinho e muito mais amor que um biberão de vidro.
O vidro quando se parte... deita-se no lixo... ou no vidrão... consoante a consciência de quem “deita”.
A mão que carinhosamente o segurava fica para segurar outro, novinho em folha.

A as mamas?

Se se “partem”?
Deixarão ficar a bater o coração que carinhosamente lhes dava vida?


O que deve fazer uma mãe que...

Uma mãe tem dois filhos.
Á noite gosta de ver o “Zig Zag” aninhadinha no sofá com um debaixo de cada braço.

Ao abraçar um deles sente uma dorzita.
“Mamã, a tua maminha está doente?”
“Não querida, é só apertada.”


A maminha já está “apertada” há muito tempo.
E não é só em dias específicos.
Mas como não há outros “sinais” não se liga.

Depois de uma busca rigorosa por outros “sinais”, que NÃO se revelaram, o “estar apertada” que só se manifestava ao toque intencional ou acidental, passou a manifestar-se voluntariamente. Ao correr, ao cruzar os braços, ao descer escadas... e até ao pensar nisso.

Será que é psicológico?
Paranóia ou “falta de problemas” para resolver?
Será apenas vontade camuflada de chamar a atenção?
Mas como? Se não falou nada com ninguém...

Hoje liguei para o Centro de Saúde.
Neste momento, o médico de família não está a aceitar marcações de consultas.