sábado, 30 de dezembro de 2006

Não me sinto muito optimista!
O papá vai trabalhar dia 31 ás 4 da tarde até ás 4 da manhã de dia 1 de Janeiro.
No dia de Ano Novo entra ás 8 da manhã até ás 4 da tarde e volta a entrar á meia-noite.

Eu e os meninos vamos jantar á casa da vóvó e do vovô com a madrinha.
Para eles não se deitarem tarde devo ir para casa cedo e passar o ano a ver televisão.
Talvez a Floribela.
É a vida.
Ás vezes penso que ser casada com sujeitos com profissões assim é quase o mesmo que viver amancebada com um gajo casado e com familia.
Nas ocasiões importantes é sempre um castigo para conseguir a sua presença. Não há Domingos nem feriados... nem dias nem noites...

A passagem do século (a primeira passagem de ano a dois), também foi assim.
No fundo, no fundo... acho que já estou habituada.
Haja saúde.

Acho que me vou ausentar daqui por uns bons dias.
Só tenho net no trabalho e agora é altura de contagens, balanços e essas macaquices.

Apetece-me chorar...
Mas acho que não vale a pena.

Um óptimo e feliz 2007... especialmente para ti.
Sim para ti... e o "ti" és tu mesmo.
Obrigado por me "ouvires".

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Chocolatinhos


"O coelhinho foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo."

Quando eu era pequenina o Menino Jesus trazia-me sempre embrulhos de chocolates.
Hoje o Pai Natal trás dinheiro (atitude que eu abomino - um dia farei um post sobre isso, talvez conquiste algumas antipatias mas não há-de ser nada).

Voltando ao que interessa, eram coisinhas lindas com pratas que eu alisava e fazia colecção: ratinhos, carros, sinos, sombrinhas, pinhas, coelhinhos, pais natais... .... ...os ratinhos tinham um recheio tão bom. E eram todos pendurados na árvore.

Quem disse que as crianças de hoje são diferentes das de "ontem"?
Só o são porque nós assim as condicionamos - nós, sociedade.

Estes ano comprei sacos de chocolates (não consegui os ratinhos, com muita pena minha).
Aabri os sacos, misturei as coisas e embrulhei em papel com um laçinho.
Um embrulho disforme e desengonçado a saber verdadeiramente a Natal.

Os meninos adoraram!

Anteontem fiquei até ás 2 da manhã.
Só me lembrei quando ia subir para o quarto, mas não podia deixar para depois.

Agarrei no cestinho dos chocolates, uma agulha e o carrinho de linhas.
Nos que não tinham fiz uma argolinha para pendurar.

Ontem pude ver, nas pessoas dos meus filhos, eu e a minha mana anos atrás a rodopiar sofregamente á volta do "Natal" para dependurar bonequitos soborosos.

Eu adorei e eles adoraram.
Acho que vou recuperar esta tradição em minha casa.

Ainda hoje, quando penso no Natal, a primeira coisa que me vem á lembrança são os chocolates para pendurar.
Esses e as iscas na frigideira mascarrada em cima do fogareiro.
Este "trio" também já passou á história. Tenho pena.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Já passou


Hoje é o que todos me dizem:
"Já passou, para o ano há mais"

Isto porque não viram o estado em que a minha sala ainda se encontra:
Brinquedos novos montados pelo chão.
Roupinhas novas ainda espostas nas costas dos sofás.
O cestinho atafulhado de chocolates.

A casa da vovó está na mesma.
Ou se calhar já não está, a unica pessoa que trabalha hoje sou eu. Talvez só eu não tenha ainda arrumado nada.

Os meninos receberam mais uma catrefada de prendas.
Eles adoraram, eu também. Mas reconheço que foram demais.
Dizemos frequentemente que as crianças não dão o devido valor ás coisas, que são exigentes demais, etc, etc, etc.
Também reconhecemos frequentemente que os culpados somos nós.
Mas é também super frequente... que não fazemos nada para não as "estragar".
Damos-lhe tudo. Dar-lhe-iamos o mundo se o pudessemos fazer.
E depois queixamo-nos que são demasiado exigentes.
Temos consciencia disso mas... no fundo, no fundo... somos felizes assim.
Haja saúde.

O Natal é sempre mágico.

Os meus cágados passaram o Natal na água.
Acho que estão mesmo hibernados.

sábado, 23 de dezembro de 2006


Para todos

Amigos e inimigos
Simpatizantes e antipatizantes
Visitantes e não visitantes
Com prendas ou sem prendas - porque o importante são os sentimentos

Um optimo e Feliz Natal

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Como saber?

O homenzinho não é propriamente velho mas já tem netos.
Aparenta sessenta e pouco anos e ainda conduz.
É pai de uma antiga colega minha.

Enquanto falava comigo queixava-se da forma desagradável como tinha sido atendido na repartição de finanças local.
Mas, em todo o lado pode estar uma cara simpatica.

Dizia-me ele:
"Mas tava lá uma rapariga que eu gostei logo dela porque tem o nome que a minha mãe tinha. Era o nome da minha mãe e por isso eu gostei logo dela.
Ela notou nos meus olhos e resolveu-me logo aquilo tudo."


Ela notou o quê nos olhos dele?
Se calhar o mesmo que eu: que estavam marejados de lágrimas.

Às vezes, quando olho para uma pessoa de idade avançada nem me lembro que já foi criança, bebé e que também teve mãe.
Teve e pode continuar a ter toda a vida.
Porque no nosso coração, se nós não deixar-mos, as pessoas nunca morrem.

Que espécie de mãe seria aquela?
O que é que ela pode ter tido que eu não tenha?
O que será que me falta a mim ou o que terei eu de sobra?

Será que quando o meu filho for velhinho (e um dia há-de sê-lo, se Deus quiser), ele irá "gostar logo" de alguém apenas porque esse alguém terá o nome que eu tinha?

Essa é com certeza, uma confirmação inequívoca de que se foi boa mãe.

sábado, 16 de dezembro de 2006

IRRA !


Visito muitos blogs que não gosto.
Visito muitos blogs que adoro mas não comento.
Outros comento.

Outros quero comentar e não consigo.

Um deles é "o nosso cantinho". Bolas, que cantinho tão inacessivel!
Outro é o da princesa da Tânia.
E há mais.
Alguns são novas descobertas que faço e acho lindos.

Dizem-me sempre que a palavra passe está errada. Mas não está!
Ando ali para trás e para a frente, entre palavras passe e confirmações anti spam... e nada feito.

Irra! Que teimosia!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Fiz agora um telefonema e ouvi a musica.

A voz que me respondeu disse "estou aqui a filmar".
Desliguei de imediato.


O papá está a filmar a aula de ballet da minha menina... para eu poder ver.

Foi sempre o meu sonho, ainda antes de pensar que ela iria nascer.
Ter uma menina bailarina.
Hoje é aula aberta. Mais uma vez, eu primo pela ausencia.

Mas eu expliquei:
"A mamã hoje não pode ir. Mas vejo as fotografias e o filme.
E irei ao espectáculo do fim do ano lectivo.
No espectaculo a mamã vai tirar fotografias, vai bater palminhas e vai chorar muitas lagriminhas de alegria por ter uma menina bailarina".

Ela sorriu. Ela percebeu.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Estou triste e zangada.

O meu menino é esperto, inteligente, energico e saudável.
Também acho que é bonito, mas no fundo, isso é o que menos interessa.

Fez 5 aninhos em Novembro e é espanhol a falar.
Não diz os "rr" e outras coisitas mas entende-se perfeitamente.

Eu também era assim.
Poucas semanas antes de entrar para a primária é que entrei nos eixos com a linguagem.

A educadora pensou que ele poderia adiantar-se com terapia da fala.
Não me foi muito fácil aceitar isso, mas pronto, se é para adiantar...

Ontem fui a uma reunião com a assistente social.
Mostrou-me o processo onde tem a informação que corre risco de ficar com atraso grave.
Levantaram-se questões de saude durante a gravidez, problemas ao nascer e otites em bebé - nunca houve rigorosamente nadinha.
E se o menino fosse surdo, será que eu não teria já notado?
Vão fazer uma avaliação do menino e depois comunicam-me o resultado.
Tudo será feito no próprio Jardim de Infância.

Disponibilizaram-se para fazer a reunião de ontem em minha casa.
Preferi descolar-me eu, aos seus serviços.

Será que vão querer esmiuçar a minha vida toda só porque a criança diz méda em vez de merda ? - (ele não diz estes termos, eu é que estou irritada).

Sinto-me ultrajada, confusa, triste e com medo.
Tenho medo que os meus olhos de mãe não tenham conseguido ver mais além.
Mas não consigo ver motivos para tanta conversa.
Ou eu sou estupida ou estão a fazer uma tempestade num copo de água.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

FOI LÁ

Foi lá que começaram os meus passeios pela Net.
Foi lá que conheci os blogs.

Foi lá que descobri que:

há mamãs tão "nabas" como eu.
há mamãs tão palermas como eu.
há mamãs tão sábias como eu.
há mamãs tão burras como eu.
há mamãs tão espertas como eu.
há mamãs tão doces como eu.
há mamãs tão desesperadas como eu.
há mamãs tão felizes como eu.
há mamãs tão preocupadas como eu.
há mamãs tão tristes como eu.
há mamãs tão divertidas como eu.
há mamãs tão boas como eu.
há mamãs tão "más" como eu.
há mamãs que choram como eu.
há mamãs que riem como eu.

Que há mamãs que sabem tudo e não sabem nada... como eu.

Que criar um filho é uma aventura e que por vezes o certo e o errado se confundem.
Mas no fundo, todas queremos o mesmo: o melhor para os nossos tesouros.

www.DODOT.PT

Álguem me sabe dizer porque não consigo mais "abrir aquela porta"?

sábado, 9 de dezembro de 2006

É muito mesmo muito bom ver os filhos crescer.
Mas deixa também muitas saudades de quando eram pequeninos.
Mas é engraçado que á medida que crescem a nossa noção de "mais pequenino" também vai crescendo.

Há muito tempo que eu adquiri o hábito de abraçar o meu menino e dizer:
"Meu amor, diz, diz que quando fores grande, tiveres barbas e bigode, vais ser sempre o meu bebé. Diz."
"Tá bein mamã, vou sei sempi o teu bebé."

Mas ontem...
Ontem o miminho foi-me retribuido por umas doces palavrinhas carregadas de ternura:
"Mamã, quando tu fois velha, tiveis bába e bigode vás sei sempi a mina bebé"

Eu?
Velha?
Com barba e bigode?
Que rica velha que eu vou ser. Ora, ora!
Mas o que vale é a intenção, não é verdade?

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Tocou o despertador.
Dei um salto para fora da cama.
"Enfiei-me" na casa de banho.
Fui ao pão a "correr".

Levantei a menina.
Estou novamente de calças de ganga e as botas são as mesmas.
Reparei que transpirei um pouquinho mas áquela hora... enfim nada que umas gotinhas de perfume não resolvam.
A menina também quis do seu perfuminho côr-de-rosa de maça.


Chegadas á escola, vejo a auxiliar (outra, não a de ontem).

Emiti um sonoro bom-dia e um sorriso para a senhora.
Tive resposta igual.
Despi o casaco á menina e dei-lhe uma beijoca.
A auxiliar entrou com ela na sala "Vá linda. Vá minha querida, vamos sentar".
Disse "até logo" e saí novamente com lágrimas nos olhos... de felicidade.

Acontece-me quando alguém chama os meus meninos de queridos e amor.

Afinal ontem, a culpa não era das botas, nem das calças, nem do cabelo.

O que faltou ontem... foi o meu sorriso.

Ás vezes um sorriso simpático é uma fada mágica que abre mais portas que uma chave de ouro.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Hoje estou muito feia.
Não sei como me vêem os outros mas é assim que me sinto.
Ontem os sapatos fizeram-me uma "quase borrega" no pé e por isso hoje calçei as botas.
Enfiei umas calças de ganga e a combinação com as botas faz-me sentir uma merda.
Para "atenuar" a coisa, o meu cabelo apanhou uns pingos de água e ficou tipo monstrinho.
Sinto-me, como se dizia no meu tempo de escola, uma autêntica patêga.
E foi assim, de moral em baixo, que fui á escola saber uma informação.
A senhora não foi indelicada nem antipática, apenas me falou como se eu fosse estúpida.
No papel que recebi devia estar tudo escrito - eu não recebi porcaria de papel nenhum.
Então que fizesse como quisesse mas que de manhã não havia ninguém para ficar com a miuda - e quem disse que eu queria que alguém ficasse com a miuda?
Parece que teem medo, estão sempre na defensiva. Arre!
(também com a porcaria de "sistema" que reina nas escolas, se fosse eu se calhar fazia o mesmo).
Se ela me tivesses dito apenas "Olhe... azar do cágado", teria tido o mesmo efeito esclarecedor.
Será que ela sacou o meu estado de espirito?
Será que a minha imagem está mesmo abaixo de cão?
Será que se eu fosse "mais em cima" ela teria sido a mesma?
Será que fui tratada de acordo com o meu aspecto fisico?
Ou será que é o meu estado de espirito que me faz fazer interpretações assim?
Fui dar uma volta de carro pelo castelo e ... chorei, chorei muito.
Conduzir a chorar tem o dom de me acalmar. Há muito tempo que tem.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

"Da côr do Céu"


É hoje.
É hoje ás 18h30m, a inauguração de “Da Cor do Céu”
“Espaço Arte Livre”
Avenida da Liberdade, nº 65 – 1º andar
Lisboa

O convite está aqui.
Falta pouco mais de meia hora
.

sábado, 2 de dezembro de 2006

Que saudades do menino

Quando eu era pequenina, os presentinhos de Natal eram oferecidos pelo Menino Jesus.
Na minha imaginação, um lindo bébe de caracois dourados, doce e ternurento, com rostinho angelical.


Era lindo. E o que eu chorei quando descobri a verdade!
A partir dai começei a representar e ainda hoje em minha casa os adultos se fingem de idiotas e a magia do natal existe mesmo. Não é idiotice, é imaginação.

Este ano tenho um menino Jesus grande, rechonchudinho e doce. Foi o Pai Natal que o trouxe o ano passado. Ainda não sei onde o vou pôr.
Também quero arranjar um pai Natal para pôr numa das varandas.


Tenho tantas saudades do menino Jesus, tenho tanta pena que tenha sido substituido pelo Pai Natal.
Mas pronto! É a vida.
Mas eu continuo a dizer "meninos Jesuses".
"Prendas de Natal" é um termo tão comercial e até um pouco frio.


O Pai Natal está nos supermercados, "vende marcas", compra as coisas em determinadas lojas... Até é casado e infiel. Basta ver o nº de mães Natal que normalmente acompanham um Pai Natal - tipo um galo e vários galinhas.
O Menino Jesus era discreto e mágico, era doce e único.

Era ele, o menino dos meus sonhos.