quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Aventuras e desventuras internéticas na cozinha

Desde que descobri os blog’s culinários (o deslumbramento ainda não passou), que tenho um dossier encima do forno eléctrico onde vou colocando ás páginas com receitas que imprimo para "um dia" fazer.
Já me calharam umas mal, como as queijadinhas de leite que passaram de cruas a queimadas sem nunca estarem cozidas, outras bem e outras muito bem.

Este fim-de-semana fiz esta pescadinha, estava super deliciosa e recomendo mas eu não me safei muito bem com a mistura de farinha e água: fritou antes de misturar ao azeite já quente. Mas isso em nada alterou o fato de estar óptimo e para a próxima já sei.
E fiz também este Pão de banana.
Mas eu percebi porque é que se chama pão. A massa é mais rija e o bolo ao crescer comporta-se como um autêntico pão.
Ficou delicioso com um cházinho de limão.
Não tirei fotos mas fui buscar as "originais" a dois dos meus bloguinhos comestiveis preferidos, para alegrar aqui a coisa (Um cantinho na cozinha e Experiencias na cozinha).
Por acaso alguém sabe, se não haverá algures neste mundo tão imenso, um receitoblog de receitas sem sal?
É que eu ando desesperada á procura de alguma "fórmula mágica" que possa substituir o sabor a sal na comida.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Crónica Feminina

Alguém se lembra desta revista?

Foi a primeira que eu conheci.

Quando eu era pequenina a minha prima que era já grande lia a crónica.
Saía todas as semanas e ela dava-me as velhas.
Quando mudou de casa deu-nos talvez umas cem ou mais.
Penso que ainda hoje no sótão dos meus pais, hajam algumas resistentes.

Serviam para tudo: ler, brincar, fazer colagens e dobragens, destacar folhas para fazer colecções de cada tema e até para ir fazer cocó para a nossa mãe não achar que gastávamos muito p.h.(nós morávamos no campo e íamos atrás dos sobreiros). Divertiamo-nos a fazer "papagaios" com metros de papel higiénico atados a na ponta duma cana e íamos pelo campo fora a correr para fazer voar o papel.

Ainda hoje tenho um "livro" encadernado por mim (devia ter 10 ou 11 anos), com as fotonovelas a preto e branco que vinham em episódios nas páginas centrais.

Uma das páginas dessa revistas era de adivinhas.
Aquela que nunca mais esqueci foi a que coloquei neste post.
A ideia era ver até que ponto poderia passar por aqui alguém que pudesse ter tido uma vivência parecida com a minha em relação a uma revista que naquela altura tinha a sua importância.

E a resposta é:
Ambos estão fora da estação.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

De volta a casa


Após uma semana a vovó está novamente em casa.
Chegou à pouco.
Pelo menos por enquanto não vai ser necessária intervenção cirúrgica.
Agora é esperar que as coisas corram bem.
Uma coisa já eu vi que não está a ajudar nada: criou muitas amizades que agora teve de deixar.
A colega de quarto teve tanta pena de ficar sem ela que piorou.

Á equipa médica, enfermeiras(os), ao pessoal da limpeza, dos almoços, a toda a gente do bloco de cardiologia daquele hospital, o meu muito obrigado por existirem.
São simplesmente fabulosos.
Só não mando uma cartinha de elogio a estas pessoas para o director do hospital porque penso que não valerá a pena.
Ou será que valeria?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Segunda feira não vim trabalhar e só tenho net no trabalho. Agora estou aqui mas sinto-me muito "pesada" e sem paciencia para aturar os clientes. Só me apetece ir embora. Estou atolada em trabalho e vai ser dificil visitar os meus adorados blog's. Quando respiro fundo sinto uma leve dor no peito do lado direito e qiando estou de pé sinto o meu corpo fazer força para se sentar.

A minha mãe está melhor. Ontem os meus meninos foram máscarados visitá-la ao hospital. Agora já come e gosta da comidinha do hospital.
Mas a ausencia dela das nossas vidas (ainda que por breve tempo), faz-nos perder complectamente a órbita. É á volta dela que tudo gira, preocupa-se com todos, ajuda todos, é o centro do nosso universo.

"Mamã tenho tido uma vida agitada e tenho tido medo."
"Porquê filha?"
"Vida agitada porque vou a ... ver a vovó muitas vezes e medo pela vovó."
"Medo que aconteça o quê querida?"
"Medo que a vovó morra."

São os meninos que me "obrigam" a rir, brincar, cantar...
O "teatro" que faço para eles 24 horas por dia, acaba por servir para mim também.

Águem me sabe explicar com é aquele desentupimento que se faz com uma sonda da virilha até ao coração? Que dores dá, que sensação, se tem recuperação rápida, enfim essas coisas.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Ontem

Ontem foi dia de desfile de Carnaval nas escolas dos meus meninos.
Eu vim trabalhar.
Os desfiles eram em simultaneo partindo de sitios diferentes.
Mas a vovó lá estaria como o seu sorriso tirando fotos num e noutro, pois eles acabariam por encontrar-se.
Mas a sessão fotográfica não foi conseguida totalmente. Antes que as duas escolas se juntassem a vovó sentiu-se mal.
Da parte da tarde não vim trabalhar.
Fomos á urgência de onde partiu de ambulancia para o hospital.
Eu fui de carro, sózinha e sem telemovel sem saber o exacto caminho para o hospital, muito embora já lá tenha ido vários vezes. Felizmente aquela cidade está muito bem servida de placas indicativas.
Ficou lá. Enfarte com angina qualquer coisa que esqueci por nunca ter ouvido falar.
A minha vida está um caos, mas consigo manter-me calma graças á "representação" que é necessário fazer para os meninos.
Não estou pessimista mas tenho medo. Muito medo.
A minha mãe é o meu suporte.
E os meninos quando saiem da escola eu estou no horário de serviço, quando vão ás actividades extra escola eu estou no horário de serviço.
Iriamos fazer filhoses e pastéis este fim de semana.
Não sei como me vou desenrascar para a semana.
Ainda tenho quase metade das férias do ano passado mas... é dificil tirar férias.
Sinto-me triste, inútil, desorientada, mas não desesperada... por enquanto.
Estou crente que vai correr tudo bem.
A viagem de carro a caminho do hospital foi a mais dificil. Lembrei-me tanto da Keridalindinha.
O meu pensamento atravessava as nuvens mais negras. Sou pessimista por natureza.
Liguei o rádio do carro. Sempre aprendi em momentos tristes desligar televisão e musica.
Costumo ouvir o rádio no vlume 7 ou 8. Quando o papá põe no 11 eu já refilo que é uma grande gritaria. Mas precisava de colocar a musica de forma a que o som abafasse os meus pensamentos. Só quando desliguei é que percebi que tinha no volume 25.
Mas tenho fé. Ela esteve sempre consciente e a falar. Só que a dor persiste.
Desde ontem que não sabemos nada dela. A visita é logo á tarde. Só espero que a noite tenha corrido bem.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

? ? ?

Qual a semelhança entre um comboio em andamento e um chapéu de palha no mês de Janeiro?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Yuuuuupiii!

Já não sou anónima!
Agora podem parar de me culpar por tudo de mal que acontece nos vossos cantinhos!
Sinto-me tão livre!

Mais uma vez...

Da outra vez fui já com a consciência do que queria fazer: nada, absolutamente nada.
Não decidir, não pesar em nenhum dos pratos da balança, apenas contar como pessoa existente.

Mas ontem não.
Ontem foi sofrido.
Pensei em não ir.
Mas fui... arrastada pela minha própria consciência, fui.
Sem saber o que fazer. Eu não quero uma coisa mas também não quero outra.
E mais uma vez foi em branco. Não é cobardia, é mesmo conflito de sentimentos opostos.

Com este resultado não estou contente nem triste.
Se o resultado fosse outro, não teria ficado contente nem triste.

Ambos os lados tinham argumentos com sentido.
Ambos os lados tinham argumentos perfeitamente estúpidos.
Para mim, as campanhas só serviram para enfastiar.

O que me deixou triste foi que a minha mãe se interessasse pelo assunto. E o meu pai também foi.
E não falo sobre o voto com a minha mãe, porque tenho medo. Tenho muito medo de saber qual a sua opção.
Mãe é mãe, é sagrada.
E talvez por egoísmo ou não, eu não posso aceitar que a minha mãe me diga que aceita, afinal foi da sua barriga que eu vim.
Tenho uma irmã que adoro.
Mas se agora soubesse que poderia ter tido mais... acho que não conseguiria nunca mais olhar para a minha mãe da mesma forma.
Se ela votou não... está tudo dito.
Se ela votou sim... tudo pode (ou não) ter acontecido - a dúvida é o mais temeroso dos sentimentos.
Não adianta estarem a pensar "que estupidez", não vale a pena porque eu já sei. No fundo todos os medos são estúpidos.

Só quem passa pelas coisas é que sabe dar o real valor.
Eu, felizmente não sei o que é estar do outro lado.
Por isso não consegui decidir-me...
Mas fosse qual fosse o resultado, dada a alta abstenção, seria sempre um resultado "no ar".
É como um jogo de futebol ganho a grandes penalidades.
O resultado nunca é justo.


xxxxxxxx


Aproveito a oportunidade para informar o(s) anónimo(s) que este texto foi feito com um corrector de palavras.
Mas se mesmo assim tiver subsistido algum erro ortográfico faça(m) o favor de corrigir que eu farei a alteração.

Obrigado por existirem.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Aceitam-se sugestões

Hoje durante o caminho, como em tantas outras alturas, a minha menina muito pouco á vontade voltou a dizer que gostava que eu tivesse outro bebé.

"Tu já tens o mano..."
"Mas eu queria ouvir o bebé..."
"Tu ouvias o mano e davas-lhe beijinhos!"
"Mas eu queria ouvir agora que já sou maiorzinha"
"Oh querida, quem é que disse que os bebés se ouvem na barriga?"
"Foi a x"
(educadora de infância do ano passado)
"Mamã tenho uma pergunta para te fazer."
Tinhamos chegado ao destino e desliguei o motor.
"Diz lá querida"
"Oh mamã, qual é a portinha secreta da mãe?"
"Oh querida, a mamã explica-te isso com mais tempo que agora estamos a chegar"
"Está bem"

É lógico que não estou a pensar em chamá-la para a dita explicação. Mas, mais cedo ou mais tarde ela vai lembrar-se e voltar a perguntar. Outra vez falta de tempo não me parece boa ideia.
Mas o que se diz a uma menina de 6 anos sobre a porta secreta? A resposta até a mim me assutava já depois de estar grávida, e não tinha eu 6 anos.
A ideia de que o Sr. Dr. faz uma abertura na barriga com uma faca também me parece um tanto ou quanto possivel causadora de sonhos maus.

Lembro-me de em pequenina ter ouvido uma conversa de mulheres sobre cesariana. A imagem que me ficou e me atormentou durante muito tempo foi uma mulher deitada numa cama na cozinha, cortarem a barriga com uma serra electrica e respingar sangue pelas paredes até á chaminé.
É claro que não se passou assim, mas foi assim que a minha imaginação propria da idade me permitiu ver.

Não estou alarmada nem desesperada, mas estou bastante a toa, não sei o que dizer.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Agora posso






Pois é, pois é, agora preparem-se meus bloguinhos preferidos.
Agora posso ser antipatica, má e até malcriada.
Sabem, cansei-me da insistencia continua e repetitiva que acontecia várias vezes ao dia e... acabei por passar para o novo blog.
O resultado não foi mau, acho eu, só que... não me deixa comentar outros blogs.
E eu não aguento isso. Como tal, até que a situação se resolva vou comentar como anónima.
ANÔNIMA ( com chapeuzinho no "o" e tudo), vai ser uma delicia!
É certo que também há anónimos queridos e fofinhos, mas bolas, se eu quizer ser querida e fofinha posso sempre fazê-lo sem me esconder.
Enfim, posso dar largas ao meu mau feitio.
Obrigado novo blog por esta oportunidade!
Pois, pois, agora quando receberem comentários malucos não se esqueçam de fazer o favor de pensarem que sou eu.
Este é o grande mal das palavras escritas.
São interpretadas por quem lê sem fazer a minima ideia de com que cara são escritas.
Mas não há-de ser nada, eu ponho sempre uma marcazita para não haverem duvidas.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Inicio de dia

Levanto-me sem vontade.
Tenho alguma dificuldade para fazer as calças passarem nas ancas.
Constacto que está a chover e não posso estender a roupa no quintal.
As cordas da cave estão tiradas por causa das obras.
Deixei a máquina cheia de roupa lavada, vai dar muito mais trabalho a passar a ferro.
Penteio a menina e apercebo-me que brevemente vamos ter novos episódios com os visitantes.
Ao sair de casa não consigo abrir a mala do carro para tirar o guarda-chuva.
A sombrinha da menina está perdida no meio da confusão por causa das obras da cave.
Molhei-me.
Chegamos atrasadas á escola.
Com uma sombrinha emprestada fui levar o menino.
Mesmo com guarda-chuva molhei-me.
Fui levantar dinheiro ao multibanco.
Molhei-me.
Fui pagar os almoços escolares e descobri que o ballet estava por pagar desde Dezembro.
Estava tão atarantada que ao sair do gabinete levantei a sombrinha para a abrir quando ainda me faltava percorrer um corredor, 2 patamares de escadas e a sala de entrada até chegar á rua.
Fui á farmácia comprar nova dose de champô "especial". Haja bichesa com fartura que o champô traz oferta da loção e não se paga mais por isso.
Apanhei mais uns "pingos".
Fui ao correio pagar uma multa que não é minha.
Quase pisei uma poia de cão e continuava a chover.
Fui comprar uma empada porque não de manhã só comi 3 bolachas shortcake.
Ao abrir a sombrinha cái a empada no chão molhado, mas com estava dentro dum saquinho de plástico apanhei-a (lembro-me de ir á venda comprar pão e as senhoras comentarem: "Ái Nossa Senhora como a vida tá. Daqui nada já um pão custa aquase vinte escudos". A empadita custou 0,75€ - 150 escudos, uma fortuna).
Vim para aqui e para abrir a porta apanhei a derradeira molha.
Agora aqui estou: o casaco ensopado pendurado nas costas da cadeira e eu...
e eu pareço um bebé com fralda a andar de perninhas afastadas e sem dobrar os joelhos.
As calças calças estão molhadas até ao joelho e geladas.
Para rematar:
A parva da empada tinha uma pedaçito de gordura.
ODEIO GORDURA !!!!!!!!!!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Dei-lhe um murro

Pois foi, ontem dei um murro na minha menina.
Um murro de punho fechado na sobrancelha direita, até senti a moleza do olhinho.
Fiquei tão aflita que a abraçei a rir e a dar beijinhos.
Ela começou a choramingar mas ao ver-me rir depressa começou a brincar também.

Eu não sei como é que voçês despem um casaco quando estão com pressa.
Eu fechei a mão para segurar a manga e estiquei o braço para trás.
Um gesto talvez não muito fino e delicado mas complectamente inofensivo, não fosse a minha menina ter o hábito de nos seguir como uma sombra principalmente enquando nos deslocamos apressada e atrapalhadamente com a falta de tempo.

E foi assim que aconteceu.
Depois de passar senti-me muito mal por ter levado a coisa a rir.
Mas agora estou feliz por me ter dado para isso.
Dessa forma acabamos por recordar o espisódio de uma forma cómica e não trágica.

Mas não consigo deixar de pensar que é nestas pequenas coisas do dia a dia que podem, inadvertidamente, acontecer acidentes graves.

Felizmente não foi nada.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

São fases

Depois da fase dos bebés, do ponto cruz... eis que surge uma nova: a das comidinhas.
Começei por procurar umas empaditas e descobri um mundo novo.
Um mundo que me metia medo pois o leite creme que vi num blog foi directamente para o lixo.
Voltei a arriscar com a Mollotof e fiquei super feliz.
Tão feliz que segui os links da Ligia e descobri novas coisinhas.



Uma dessas coisinhas foi este delicioso pãozito. Sabe um bocadinho a piza e talvez tenho sido isso a chave do sucesso.
Não tirei foto, esta é do diário da cozinha.
A unica diferença é que como não tinha queijo ralado... ralei-o eu.






E este bolinho?
Os meus meninos adoraram fazer e comer.
Também não tirei foto mas... para quê? Ficou tal e qual!
Este é dos Sonhos Culinários.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Um, dois, três ...

Não, não são os três porquinhos.
São três bichinhos bem mais pequeninos que eu esperava angustiadamente desde o dia 27 de Setembro passado.
E agora que eu pensava que a fase critica tinha passado é que os filha da mãe se infiltram na minha residencia sem licença nem autorização.
A escolinha tem destas coisitas.
Foi hoje de manhã ao pentear a minha menina.
Um, dois, três pequeninos a passear nos antigos caracolitos agora já mais esticados.
Ainda muitos clarinhos e não junto á cabeça, são ainda bebézinhos.
Foram uma visita tão inesperada que tiveram logo direito a um forte aperto não de mão, mas entre unhas dos dedos pulgares.
Há que justificar o facto de se chamar a esse dedo o "mata piolhinhos" , não?
Se escapou algum vai ter direito a tratamento especial, hoje á tarde vai haver quitoso em todas as cabeçinhas da familia. Não quero de forma alguma que algum mano daqueles três se possa ter perdido deles e fique triste por não ter os mesmos miminhos.
Afinal há que receber bem os (des)convidados.
Pessoalmente nunca gostei muito dos nomes minimo, anelar, médio, indicador e polegar.
Prefiro muito mais dizer dedo miminho, seu vizinho, pai de todos, fura bolos e mata piolhinhos.
Este último era o único que lá por casa ainda não tinha desempenhado a sua tarefa.
Era, porque agora não é mais.
Decidi levar a situação a brincar. Se me chatear ganho exactamente o mesmo.