segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"Mamã, hoje o papá dóme contigo?"

O meu menino faz-me esta pergunta todos os dias várias vezes, especialmente à hora de levantar e infalivelmente à hora de deitar.

Ofereço uma prendinha da loja dos 300 a quem adivinhar porquê.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O pior de mim

Estou farta! Sim estou farta, e até já estou farta de estar farta.
Estou saturada!
Estou farta dos gafanhotos enormes que me aparecem no quintal.
Estou farta de depender do trabalho para viver.
Estou farta de trabalhar por conta de outrem e se trabalhar pouco ganho pouco e se trabalhar muito ganho pouco na mesma.
Estou farta de ter os pneus do carro mijados por cãezinhos sem culpa que são lá levados á trela por porcos.
Estou farta de sorrir e ser simpática para alguns colegas “queridos” dos meus meninos quando o que me apetece é arriar-lhe um par de açoites.
Estou farta de pais que teem a mania que os seus filhos são os melhores quando na realidade e unicamente por sua culpa não passam de monstrinhos mal-educados.
Estou farta das lesmas que me comeram o tomate e agora estão a lançar-se ao feijão.
Estou farta de ciganos estúpidos, sim porque os que não são estúpidos não me incomodam.
Estou farta dos apertos de mão dos cavalheiros que para mostrarem a sua simpatia me apertam de tal forma que os anéis ficam marcados nos dedos.
Estou farta de vender objectos de puro luxo supérfluo a pessoas que os pagam com o dinheiro do rendimento mínimo.
Estou farta de ver jovens meninas lindíssimas e jovens meninos mal acabados de sair das fraldas a orgulhosamente literalmente obrigarem os seus pulmões a suportarem o fumo do tabaco de forma a se habituarem.
Estou farta de professores a fazerem de palhaços nas mãos dos “meninos” porque o sistema assim os abriga.
Estou farta da confusão de trânsito no largo estreito em frente à escola.
Estou farta de pagar irs.
Estou farta de ver os juros a aumentar.
Estou farta de ver as reportagens fatídicas que me fazem chorar ao ver televisão.
Estou farta de não ter dinheiro para salvar não o mundo, mas uma boa parte dele.
Estou farta de falar com gente que não lava os dentes, levar com o bafo nas trombas e ainda ter de sorrir.
Estou farta de ser politicamente correcta quando o que me apetece é mandar tudo à merda.
Estou farta. Estou farta. Estou fartíssima.


Se me estalasse o verniz... ... ...

Ái! Que alivio....

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Uns semeiam e outros colhem

Sinto-me sempre um pouco incomodada quando se fala de copianços.

Há tantos bonequinhos que circulam na net ... de algum lado devem ter vindo mas parece que pertencem a todos.

Muitos nem mencionam a proveniência.
E há os outros “bonequinhos”, verdadeiras obras de arte com direito a “assinatura”, que tanto orgulham quem as produziu.

E quando expomos em público o que é nosso, ainda mais um público sem rosto como este, corremos o risco de ver as nossas obras copiadas, imitadas ou até ilegalmente adoptadas.
Não é correcto mas, muito sinceramente, não me admiro que aconteça.
Não me surpreende... aliás o contrário é que seria uma surpresa positivamente inacreditável.

Eu tenho por aqui muitas imagens que nem imagino onde terão “nascido”.
Vi-as por aí e gostei delas.

Fiz alguns cozinhados de blog´s e utilizei nas minhas postagens as imagens originais – sempre deixei o caminho a seguir para encontrar os verdadeiros autores - penso que não terei ofendido ninguém mas...

Compreendo o que sente quem foi “roubado”. É errado e acima de tudo é muito injusto.
Por isso aqui fica o selinho.
Este foi o facto que lhe deu origem.

sábado, 20 de outubro de 2007

Visita dez mil

A Helena foi a visita 10.000.

Penso que seja uma das pessoas a quem dediquei aquele coraçãozinho de crochet.

Obrigado Margarida pelas tuas visitinhas!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sintomas de velhice ?????????????'

Este coraçãozinho lindo foi-me oferecido por uma menina linda e muito prendada que descobri há muito pouco tempo.

Dissequei totalmente o bloguinho dela e dei comigo a pensar “tem um sorriso tão lindo, parece tão querida e sabe fazer trabalhinhos tão giros... tomara que a minha menina um dia seja assim”.

Mais adiante leio em qualquer lado que gosta de namorar e dou comigo a pensar “gostava que um dia o meu menino namorasse uma menina assim” .
São sintomas de velhice, só pode!

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Aos doze anos eu achava que um rapaz com 15 era um “granda” homem.
Aos 15, eu achava que os rapazes de 20 eram tããão velhos.
Aos 20 subi a fasquia e começavam a ser velhos depois dos 30.
Aos 30 já não dava importância à idade.

Mas há medida que os meus meninos teem crescido, fui começando novamente a reparar nas idades.
Salta-me á vista o pessoal jovem de uma forma muito especial: actualmente qualquer jovem que me aparece á frente é imediatamente comparado com aquilo que eu gostaria que os meus meninos viessem a ser.

Serão sentimentos normais de mãe que idealiza os seu filhos tipo "principe encantado"?
Ou serão devaneios tontos de quem quer á viva força viver através dos filhos aquilo que sonhou para si e não foi capaz?

Acho que voltei á idade dos porquês.
As interrogações tendem a intensificar-se...
Será que vou ter "costas" para ser mãe de jovens nos tempos de agora?

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O coração... atrevo-me a passar a todos aqueles que por aqui passam em silêncio.
Aqueles que sabem que eu existo mas que eu não sei que existem.
Será a minha forma de retribuir as visitas que não posso retribuir.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"Com tanto carinho"

Ainda não cheguei aos 40 mas também já não tenho 20.
Venho de uma altura em que chamar cabra a uma rapariga ou senhora era altamente ofensivo.
Quem vem daí como eu, saberá por certo que essa denominação tinha a ver com uma série de comportamentos muitos dos quais na sociedade de hoje completamente aceitáveis.
Daí que eu fique na dúvida se chamar cabra ainda será ou não ofensivo.
De qualquer forma, por via das dúvidas...

Hoje de manhã, enquanto esperava que o meu menino descesse, chamei-o e fiquei no wc arranjando as coisas para lhe pentear os caracóis.
Ao chegar junto a mim
“Mamã, paecias uma cába”
A minha cabeça patinou uns momentos entre passado, presente e futuro. Independentemente da conotação, será que alguma mãe gosta que o filho lhe chame cabra? Eu não gostei.
“Mas que raio de conversa é essa?”
“Oh mamã... uma cabinha... eu disse com tanto caínho”

Pois, agora deu nesta. Cada disparate que faz ou diz é sempre com muito carinho.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"Bailarinas" procuram-se

Ter uma menina bailarina não é para quem quer, é para quem pode.

Desde os tempos de escola que eu sonhava em ter uma menina bailarina.
Antes mesmo de pensarmos na sua possível existência, parávamos o carro junto à escola de dança e ali ficámos os dois a imaginar que estaríamos esperando a nossa menina e que a qualquer momento ela apareceria ali ao virar da esquina saltitando no seu fatinho de bailarina.

Aos 4 anos foi inscrita mas ao fim de duas aulas não quis mais.
Aos 5 quase 6 anos voltou a ser inscrita e adorou.
Este ano vai voltar tão feliz como eu.

Por isso eu digo que não é para quem quer mas para quem pode.


Não interessa se é uma bailarina esbelta e leve que redopia no palco ou um sapinho mole que aterra no chão tipo sopa molhada.
A nossa bailarina é sempre a melhor!
E eu agora posso, não sei até quando por isso aproveito ao máximo.
Os filhos não são um bonequinho que pomos onde queremos e quando queremos.

Choro de felicidade cada vez que sinto o toque suave do seu fatinho quando me abraça (ela acha graça e por vezes já faz de propósito), ou até mesmo ao arrumar no guarda-fato.


Dou Graças a Deus por os espectáculos serem sempre de luz apagada.

Esta foi a primeira bailarina que fiz para a minha bailarina.
Já existe outra concluída e mais uma em lista de espera. Todas tiradas da net (muito mais giras que as revista que tenho em casa).
Mas quero mais, preciso de mais.
Onde? Alguém sabe?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Dia mundial do Animal


Eu já vi cães a serem passeados por animais.
Eu já vi animais de duas patas a (des) cuidarem de animais de quatro patas.
Sim, porque também os há, doa a quem doer.

Agora já sei

A experiência terminou.

Agora sei o que pode estar por detrás de um olhar desviado.
Pode estar, não quer dizer que esteja.
Evitando olhar directo é muito fácil mentir, esconder, “desimportar” e sobretudo desprezar.

Foi esse o sentimento que experimentei.
Um desinteresse tal que me assustou.

Falar virada para outro lado inspirou-me um sentimento não de desinteresse mas mesmo de “desimportar”.
Não importar é muito pouco, há mesmo a necessidade de inventar uma nova palavra para definir tal indiferença. Indiferença também é muito pouco.

O que reparei é que se desviamos o olhar a outra pessoa fixa o dela, nessa altura deve estar a considerar que é a única bem-educada.

Enfim, com aquela pessoa específica parece que resultou.

Será? Será que se apercebeu?


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Passou o "mau tempo", amanhã é feriado.
Para alguns de voçês os meus desejos de um óptimo fim de semana maxi.
Para os parvalhões como eu que trabalham ao Sábado, um bom feriado.