segunda-feira, 30 de junho de 2008

FÉRIAS

Pela primeira vez na minha vida (exceptuando a altura do casamento e lua-de-mel), consegui marcar ferias sem sofrerem alterações de data e em simultâneo com o papá.
Bom bom teria sido um mês inteirinho mas... com 15 diazitos já ficámos todos felizes.
Pela primeira vez na nossa vida projectamos e conseguimos 15 dias de férias fora de casa.
Depois de tudo marcado sabemos que as actividades “lectivas” da menina terminam mais tarde.
Ok, vamos 5 dias mais tarde. Ainda temos 10.
E foi justamente para o meio desses 10 que foi adiado um compromisso profissional, pessoal e social ao qual seria de péssimo tom que o papá faltasse.
Digam-me, será que merecíamos isto??
Mas enfim... vamos felizes!!

sábado, 28 de junho de 2008

Miúdos fora de casa, eu e o papá aproveitámos a noite em que podíamos meter carro à estrada sem pulseiras contra enjoo e regresso sem hora e fizemos uns bons quilómetros.
Fomos à feira... há anos que não ia a uma grande feira à noite.

E ele estava lá... Meus olhos inundaram-se ao recordar tempos passados e ali permaneci imóvel e sonhadora durante longos minutos.
Agora está mais novo, mais moderno e já não faz tanto barulho a andar... o seu barulho característico é agora muito menos característico.
Por momentos duvidei até que fosse o mesmo.
Mas as tabuinhas pintadas a toda a sua volta parecem querer confirmar que é de facto o mesmo.
E a voz do homem que gritava ao microfone nos meus primeiros anos de escola secundaria já não se ouve mas ecoava maravilhosa e saudosamente no meu cérebro enquanto via os cavalinhos rodando, rodando... "E máááis uma voltííínha no Suuuupér Sélllllva".
Só que antes, o Super Selva era para gente grande... agora os tempos mudaram e... o Super Selva gira e gira carregado de "miúdos"...

E foi ali, naquele momento, que eu percebi o quanto "cresci".
Aquela miudagem que ali se diverte, tem exactamente o mesmo tamanho que eu tinha quando já era grande.
Eles também acham que o são... tal como eu achava.

quinta-feira, 19 de junho de 2008


"Mamã, casaste por amor?"
"Gostas do papá?"
"Se não gostasses do papá, separavam-se?"

E tudo isto por que num qualquer filme da Barbie, a rainha do não sei quantos disse á princesa não sei quê, que "não é preciso amor para casar".

O que responder à última pergunta?

Dizer não e dar uma ideia de que o casamento é um fardo que se suporta independentemente de tudo e de todos?
Dizer sim e dar a ideia que o casamento é como uma sopa que um dia gosta-se e come-se e no outro está salgada e deita-se fora?
Qualquer das respostas poderia não deixar muito bem definida a minha posição na nossa vida familiar.

Tanto poderia pensar que ficava sem querer como que poderia partir a qualquer momento...

Eu não queria dar aos meus meninos uma educação muito antiquada mas... também não gosto da faceta moderna em que o casamento se faz e desfaz com a mesma tranquilidade de quem lava os dentes.
Queria que tivessem a noção que um casamento se faz para ser feliz mas que por vezes a felicidade se faz com alguma luta e trabalho, que pode não vir apenas caída do céu.

Se um dia por algum motivo me separasse não sei como sobreviveria às partilhas.

Quem ficaria com a cama de casal com metade vazia?

Quem ficaria com o poster do casamento e o álbum?

Quem ficaria com os passarinhos?

E os filhos?

Oh!... Dor de alma!.., quem ficaria com os filhos... e a parte da vida deixada em branco????

Sinceramente... preferia a idade dos porquês.

As perguntas eram muito menos difíceis.
Mas a cada dia que passa sinto mais que me é pedida a justificação clara e precisa das minhas próprias interrogações, dúvidas a até receios.

Ser mãe é aprender junto com eles.
Ser mãe de um bebé não é o mesmo que ser mãe de uma criança.
E ser mãe de um jovem... aí é que a porca troce o rabo (salvo seja), talvez porque o desconhecido possa ser mesmo o mais assustador.
Há jovens tão parvos... e há jovens tão lindos e tão doces...
Queria tanto que os meus viessem a fazer parte do segundo grupo.
Tenho esperança... tenho esperança que o tempo vá passando e quando eu der por isso... já lá estou e perfeitamente adaptada.