terça-feira, 21 de outubro de 2008

Haja paciençia

Quem tem ou teve miúdos pequenos sabe (e se não sabe é porque teve sorte ou então delegou em alguém a sua educação), que muitas vezes, embora o amor de mãe seja sempre colocado em primeiro lugar, muitas vezes a paciência atinge o limite e temos a necessidade de sucumbir escondendo-nos atrás de um tom de voz mais elevado ou em casos limite até mesmo de uns belos "berros".
"Berrar" é estúpido. – Dizem vocês.
Ah, pois é! Mas quem "berra" são os outros. Nós próprias, só falamos um pouco mais alto ou quando muito somos mesmo obrigadas a gritar.
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Temos mobília nova na cozinha.
Três anos depois da mudança para a casa nova, colocamos então a mesita e as cadeiritas a condizer com os armários e bancadas previamente instalados.
Como todo o Santo enquanto é novo é festejado, agora a mesa e as cadeiras da cozinha são as nossas meninas dos olhos, até jantar de inauguração houve.
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Ontem à tarde (qualquer família sonha com uma tarde do Domingo ensolarada para fazer coisas boas), papá trabalhando, mamã atarefada com as roupas, crianças brincando livremente pela casa.
Do exterior eu podia ouvir os diálogos vindos da cozinha. Mano para cá, mana para lá, risos, palavras, alegria...
Entrei...
No chão pedacinhos minúsculos de papeis recortados. Na mesa tesouras, x-actos,
marcadores, cola, guaches, purpurinas...
Parecia um atentado de vandalismo ás minhas coisitas novas.
Nada que umas breves palavrinhas em tom firme e ligeiramente mais elevado não pudessem resolver e teríamos visto miúdos zelosos e sem esforços de argumentação a mudar o "poiso" do seu caos. Sim, porque no que respeita ás divergências sobre os conceitos de arrumação entre miúdos e graúdos, há muito que as vias diplomáticas se encontram esgotadas até à exaustão.

Mas no meio do caos da minha tormenta reinava uma alegria infantil, uma candura diabolicamente angelical que secou a minha garganta e as palavras não saíram, nem altas nem baixas.

Encostei-me à ombreira da porta e fiquei a ver, ali mesmo na minha frente, em que é que se tinham transformado dois meses do meu salário.
Não, não pensem que são móveis de palácio. Na verdade até não é lá grande coisa de mobília mas... na verdade eu também não tenho lá grande coisa de ordenado.

Elevei o olhar para o tecto... fechei os olhos...
senti uma vontade tão grande de bater com a cabeça na parede...

"Mamã, recortei para ti, toma... um triângulo... um copo... um vaso... um coração..."

Porquê é que as mães gritam ás vezes?
Porque estão loucas?
Ou para não darem em loucas?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Aquele “encanto” de correr blog’s, conhecer novos cantinhos... passou.
Começaram a ser tantos, a consumir tanto tempo e energia que... a vontade acabou mesmo.
No entanto, de toda essa “expansão”, algumas vidas, algumas histórias, algumas pessoas são muito mais de que uma simples parte dessa “expansão”.
Vou deixar muitos, muitos mesmo... mas não todos.
Há muitos blog’s que só retribuem comentários, praticamente é o que eu tenho feito nos últimos tempos embora não seja bem essa a minha politica. Aliás, nos últimos tempos nem isso tenho feito.
Não gosto daqueles contadores de visitas que anunciam a localização.


Olhando agora para a rua e ao vê-los passar pergunto porque razão será que os distribuidores da Dica, o jornal do Liddl teem sempre tão mau aspecto?
Se bem que a roupita que envergam não seja lá muito ao meu gosto, não é a isso que me refiro mas sim ao ar carrancudo e pouco simpático.
Quanto custa um sorriso?