segunda-feira, 4 de junho de 2007

A chucha

Muitas mamãs lutam quase desesperadamente para que os seus bebés deixem a chucha.
Quando os meus a deixaram eu chorei com pena.
Acho que ninguém me compreendeu verdadeiramente, acho que nem mesmo eu.

Eu não falava com ninguém enquanto os meus bebés mamavam fosse no peito ou no biberão.
E nunca o fazia sem ser no colo.
Só quando tinha que dar aos dois ao mesmo tempo é que um ficava no carrinho e o mais pequenino no colo.
Muitas vezes disse ao papá que não olhasse para o lado enquanto dava o biberão à menina.
Sempre me fez impressão ver alguém a dar de mamar e a olhar para o lado ou a conversar. Ainda hoje faz.
Acho que também ninguém entendia esta minha “paranóia”.
Mas eu sentia, sentia uma canalização de amor.
Uma canalização de amor. Não sei explicar melhor.

--- X ---

Á 2ª feira, na SIC, depois do jornal da noite há o “Livro de reclamações”.
Falam crianças e/ou jovens sobre o tema do dia e comenta o psicólogo Eduardo Sá.
Hoje o tema vai ser a chucha, ouvi o anúncio na hora de almoço.
Não pude deixar de ficar triste.
Diz o psicólogo que o importante na amamentação não é o acto de mamar mas sim os olhos nos olhos e o contacto do corpo.
A chucha, mesmo não alimentando substitui a mama e... “mesmo a mãe não estando ali é como se estivesse”.

14 Comments:

Blogger Maria Vicente said...

tal e qual como eu, se existe coisa que me aborrece é qd o pai lhe dá o biberon sem tomar atenção.
até hoje continua a ser um momento especial entre mim e ela, como não dei mama, talvez até por isso tenha me agarrado de forma tão ternurenta ao gesto simples de beber leite, mas enfim......mãe é assim......uma derretida.
beijinho p vós, tudo de bom miguita

04 junho, 2007 17:52  
Blogger Ana said...

Infelizmente nunca dei de mamar, a minha filha sempre recusou a mama, mesmo eu sendo ajudada por uma enfermeira que vinha a minha casa 4 horas por dia durante um mes, nao adiantou, mas tenho muita pena.

04 junho, 2007 18:35  
Blogger Não desistir said...

Sou um bocadinho como tu. Ainda hoje, o biberão de manhã e à noite é um acto sagrado. Com muito mimo e beijinhos e nada de distrações(ele tem quase 3 anos). Ainda usa chucha, não vou força-lo a nada, tenho saudades das coisas de bebés.
Vou tentar não perder esse programa:)
Beijinhos

04 junho, 2007 18:56  
Blogger Omeupititxoco said...

Concordo em absoluto, acho que nunca se deve dar um biberão em correrias... qd dei de mamar ao Miguel gostei tanto, toda a gente dizia que não era assim como se idealizava e que era até doloroso...claro que foi doloroso mas também prazeroso, nada substitui aqueles momentos em que aqueles olhinhos colam-se nos nossos e aquelas mãozitas pequenitas "colam-se" no nosso peito...eu adorei. Agora faço sempre a diligência de que o biberão a manhã e da noite seja bebido no quarto, com calma, enquanto converso com ele.
Quanto à chucha, olha, ele custou a pegar mas agora adora! Vamos ver por quanto tempo... eu não tenho stress qt a isso. Jinhos

04 junho, 2007 20:17  
Blogger mimika said...

Eu também gosto muito de amamentar, são momentos em que nos aproximamos de forma absolutamente amorosa do nosso filho!

Bj

04 junho, 2007 23:36  
Blogger Smas said...

Adorei amamentar, tive pena quando teve de acabar, olhava-os nos olhos e fazia festinhas. Momentos tão únicos, tão nossos!
A chucha foi algo que os meus sempre recusaram.
Bjs

05 junho, 2007 03:10  
Blogger María said...

Também como tu, enquanto lhe dava de mamar só tinha olhos para ele...é tão bom...Bjnhos

05 junho, 2007 10:27  
Blogger turbolenta said...

Concordo plenamente que dar de mamar é um acto de amor.É a ligação mais profunda entre mãe e filho(a).
A minha filha chegou a demorar 1 hora para beber um pouquinho de leite no fundo de um biberão. Olhava para mim, com ar de gozo e apertava a tetina para o leite não sair. Eu passava-me!
E, em ambos, tanto a chucha como as fraldas desapareceram aos 12 /13 meses.Nunca foram muito amantes da chucha. E perdi horas a ensiná-los a fazer chichi naqueles bacios largos da Chico.Aliás era um acessório indispensável nas atribuladas viagens de automóvel, assim como garrafões de 5 litros com água..Na altura as auto estradas eram poucas. Era para a uma sombra, estender uma manta, "pnico" no chão e esperar um pouco.
E o engraçado é que, mesmo de noite, contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que tive de lhes mudar a roupa.
boa semana

05 junho, 2007 13:39  
Blogger Carina M said...

Parece diabo, ainda ontem a nossa minhoca estva "aninhada" no nosso meio assim com uma cara tão mimosa, olhei para ela e disse "- ai filha estás tão grande já não és o meu bebé", mas ela estava de chupeta na boca. E acrescentei "- quando largares a chupeta então é que já não és mesmo bebé". O biberão agora é raro, mas tb sinto umas saudes enormes de quando dava o peito.
Bjs

05 junho, 2007 13:58  
Blogger Patricia said...

Deve ser uma sensação óptima... eu acredito qualquer que seja a tarefa que a mãe faça com o filho, deve aproveitar sempre para estreitar os laços de amor e de ternura. É a importância do toque!

beijos

05 junho, 2007 16:55  
Blogger Vânia Oliveira said...

Quanto à chucha não passei por isso pois ele nunca mamou senão na maminha, mas custou-me imenso deixar de dar de mamar e olha q o fiz durante 18m e só nao continuei pois ele era muito grande e pesado e eu ja nao tinha condiçoes.Mas acredita que foi algo que me fez chorar.
E sim tb eu achei q era o momento mais linda de uma mae e um filho,foi um prazer pra mim e pra ele.
Beijinhos

05 junho, 2007 20:54  
Blogger Moura ao Luar said...

Acho muito importante o toque, o olhar, o sorriso... tudo isso revela amor

06 junho, 2007 11:09  
Blogger Ana Isabel said...

Como concordo ctg.
Eu nunca dei de mamar pq a C. recusou o peito, por isso o dar biberon sempre foi o "nosso" momento especial.
A C. ainda usa chucha mas mais p/dormir e se a perde durante a noite é um caso sério.
Bjs

06 junho, 2007 14:30  
Blogger rosa dourada/ondina azul said...

Querida Maria João, tu estás cheia de razão.
É um momento único, quando se está com um bebé.
É um momento de concentração, é como o "amor" a fluir.

Bom Feriado

Beijo,

07 junho, 2007 15:08  

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