
"Mamã, casaste por amor?"
"Gostas do papá?"
"Se não gostasses do papá, separavam-se?"
E tudo isto por que num qualquer filme da Barbie, a rainha do não sei quantos disse á princesa não sei quê, que "não é preciso amor para casar".
O que responder à última pergunta?
Dizer não e dar uma ideia de que o casamento é um fardo que se suporta independentemente de tudo e de todos?
Dizer sim e dar a ideia que o casamento é como uma sopa que um dia gosta-se e come-se e no outro está salgada e deita-se fora?
Qualquer das respostas poderia não deixar muito bem definida a minha posição na nossa vida familiar.
Tanto poderia pensar que ficava sem querer como que poderia partir a qualquer momento...
Eu não queria dar aos meus meninos uma educação muito antiquada mas... também não gosto da faceta moderna em que o casamento se faz e desfaz com a mesma tranquilidade de quem lava os dentes.
Queria que tivessem a noção que um casamento se faz para ser feliz mas que por vezes a felicidade se faz com alguma luta e trabalho, que pode não vir apenas caída do céu.
Se um dia por algum motivo me separasse não sei como sobreviveria às partilhas.
Quem ficaria com a cama de casal com metade vazia?
Quem ficaria com o poster do casamento e o álbum?
Quem ficaria com os passarinhos?
E os filhos?
Oh!... Dor de alma!.., quem ficaria com os filhos... e a parte da vida deixada em branco????
Sinceramente... preferia a idade dos porquês.
As perguntas eram muito menos difíceis.
Mas a cada dia que passa sinto mais que me é pedida a justificação clara e precisa das minhas próprias interrogações, dúvidas a até receios.
Ser mãe é aprender junto com eles.
Ser mãe de um bebé não é o mesmo que ser mãe de uma criança.
E ser mãe de um jovem... aí é que a porca troce o rabo (salvo seja), talvez porque o desconhecido possa ser mesmo o mais assustador.
Há jovens tão parvos... e há jovens tão lindos e tão doces...
Queria tanto que os meus viessem a fazer parte do segundo grupo.
Tenho esperança... tenho esperança que o tempo vá passando e quando eu der por isso... já lá estou e perfeitamente adaptada.
12 Comments:
Ser mae eh uma missao dificil, Quando os filhos deixam de ser criancas pequeninas que se contentam com qualquer resposta, ai comeca o nosso trabalho de orientar, esclarecer, aconselhar.
Um dia disseram-me que educar os filhos eh como conduzir um bando de ovelhas, deixa-las seguir o seu caminho mas estar sempre de olho atento para no caso de uma se desviar. E eu concordo. As criancas precisam de parametros para crescerem e se tornarem adultos com valores morais. O mais dificil eh saber a medida certa, nao reprimir para nao se revoltarem, nao deixar a vontade para nao se perderem.
Que Deus nos de a sabedoria para educar os nossos filhos da maneira mais correcta. Amem.
* Obrigado pelas tuas palavras, neste momento so preciso disso, de uma palavra amiga.
Não sendo eu mãe, aqui vai a minha (humilde) opinião:
Talvez fosse melhor dizeres que vocês se amam muito e que n´so não deixamos de gostar das pessoas que estão sempre connosco e que nos fazem bem, nos dão miminhos e beijinhos.
beijocas e bom fim-de-semana
e que resposta deste?
o que me angustia mais no divórcio é esquecer-se a relação, o respeito , a cumplicidade e até o amor que um dia houve e muitas vezes se resume a falta de respeito,e objectos-até os filhos são apanhados no meio como simples objectos de troca-enfim.....-mas de facto ser mãe é um desafio diárioque se torna cada vez mais exigente
questões complicadas essas. cá por casa já me perquntaram pelo casamento, e eu de lágrima no olho não respondi, pois não sou casada e não sei como explicar a questão à filhota.
vão concerteza fazer parta dos segundos, tu és uma mãe espectacular e faras deles uns jovens meigos e educados.
beijinhos
oi linda! mimo para ti no meu blog!
Não te preocupes, pois a verdadeira mãe, supera todas as perguntas por mais difíceis que sejam de ser respondidas, e dão ótimas explicações e lições de vida aos seus filhos!
Entrega nas mãos de Deus e tudo ser ajeitará!
Beijos!
E...
Uma ótima semana, na Paz do Senhor!
Olá João, realmente á medida que vão crescendo, cresce tb o nivel de perguntas que nos fazem. Mas na minha opinião temos que lhes dizer adaptado á sua idade, realmente como as coisas são.
Eu tenho 3 filhos, uma bebé com 2 anos que ainda não faz perguntas, mas tenho um casal de gémeos com 11 anos que não fazem muitas perguntas, mas ainda há cerca de 2 meses fui forçada em conjunto com o meu marido a ter-mos uma conversa que eu pensei que só iria ter quando tivessem 14/15 anos (sexo). Porque a minha rapariga, apesar de apenas ter 11a nos é muito alta (1,70mt) e magrinha e um rapaz com 16 anos da escola dela andava atrás dela. Rapazes com essa idade, nós sabemos bem o que eles querem, ao fim já lá passá-mos. E tivemos que lhe explicar quase tudo e fazer-lhe ver que pode ser amiga dele sim, mas nunca passando daí. E o resultado, foi ela numa das muitas sms que trocavam ter-lhe dito que a deixasse em paz pq ele era muito velho para ela andar a falar com ele. Fiquei contente por ela ter entendido e fazer parte do grupinho dos bons meninos.
Beijinhos grandes para si e para os pimpolhos.
Carla
Com o passar dos anos, as perguntas tornam-se mais difíceis de responder!
De certa forma, arranjamos maneira de os tentar esclarecer o melhor que podemos.
Ser mãe é isso mesmo!
Bjs
Realmente é mesmo verdade, quanto mais vão crescendo mais dificil se torna para nós respondermos às perguntas que eles nos fazem.
Eu não saberia bem o que responder miga.
Bjs
São perguntas dificieis, mas creio que que tem de ser explicadas como são, assim ficam esclarecidos e deixam a pergunta de lad, são muito espertos para colocarmos paninhos quentes, se dão conta que escondemos algo não descansam.
Quanto ao que vão ser no futuro, creio que toda a familia que é unida e presente tem um bom futuro pela frente.
Bjs
Em resposta ao teu comentário no meu blog...:
Todos os momentos servem para deixar palavras menos apetitosas... Agora que deixas-te a dica.. " manda" para cá essas palavrinhas.Fiquei curiosa...=P
um bjnho
Pois... não sei...
Beijo a pensar
Se Deus quiser, e acredito que com a educação que transpareces eles vão pertencer ao 2º grupo, porque nós como mães vamos tentar dar o nosso melhor.
O casamento, haveria tanto para falar..
Eu não consigo pensar que um dia me vá acontecer, pelo menos por enquanto. Temos uma vida estável e apesar de muitos altos e muito baixos somos muito felizes com as nossas bonequinhas.
Partilhas? Estou como tu? Quem fica com o quê? Que dor de alma.
Temos que mostrar-lhes que o casamento é uma luta diária e que apesar dos obstáculos que se poêm no nosso caminho temos que lutar, chutar e ultrapassar para o nivel seguinte, como se de um jogo se tratasse e não houvesse perdedores. Porque quem desiste do casamento por uma pedrinha no sapato, é um grande perdedor e nunca há-de ter nada!
Beijinhos
Carla
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