quinta-feira, 18 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008


Foi tão bom trazer uma bebé a este mundo.
Foi tão bom ter uma menina com um aninho.
Foi tão bom ter uma menina com dois aninhos.
Foi tão bom ter uma menina com três aninhos.
Foi tão bom ter uma menina com quatro aninhos.
Foi tão bom ter uma menina com cinco aninhos.
Foi tão bom ter uma menina com seis aninhos.
Foi tão bom ter uma menina com sete aninhos.

Estou crente que será tão bom ter uma menina com oito aninhos.

Hoje os meus pensamentos enrolam-se em turbilhão e percorrem cantos esquecidos da memória de à oito anos atrás, obrigando-me a uma força permanente para contenção das lágrimas.

Não é tristeza mas sim saudade.

Saudade do tempo que passou e do que vai passar, porque até mesmo antes de chegar já sei que não o viverei o suficiente para ficar satisfeita.
Queria ficar hoje, pelo menos hoje, todo o dia com ela, só com ela.

Até ficar farta.
Acho que assim eu seria feliz.

Compor os seus caracóis, fazer bolinhos, comer rebuçados, ler livros, dizer anedotas, andar a pé, plantar flores, ir ás compras, ouvir milhares de vezes "mamã adoro-te", tirar fotos com óculos e sem óculos, vestir roupa nova... tudo até enjoar e querer passar ao dia seguinte.

Ela está na escola, feliz.
Eu estou no trabalho, a pensar sempre nela.

Hoje mais do que em qualquer outro dia, tenho inveja dos receptores de todos os seus sorrisos que a minha vista não pode alcançar.

É tão bom ter uma menina que faz anos e gosta.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008



Começou a escola.

Para eles o regresso com saudades, a alegria...
Para mim o voltar do corrupio, as pressas à noite, as pressas de manhã, as preocupações acrescidas.

Este ano não gostei da escola, não gostei do funcionamento.
Não gostei da nova relação entre pais, professores, auxiliares e espaço escolar que parece que será adoptada – distância.
Mas perante os meus meninos gosto tanto quanto é bom que eles gostem e estou tão feliz quanto quero que eles lá se sintam.
E eles estão felizes.
Os braços abrindo-se e pousando em câmara lenta sobre os ombros da professora, num abraço tão meigo, deixaram-me assim com ciúminhos.

Aquela professora tem tudo o que uma mãe precisa na professora da sua filha.
Para mim é um conforto.