segunda-feira, 28 de abril de 2008

A culpa é da toalha.

Eu sempre quis ter uma família com o modelo tradicional.
Como aquela em que nasci.
Meninos na escola, adultos no trabalho, pequeno-almoço de manhã, todos juntos sentados à mesa para as refeições, vigília durante o dia e a noite para dormir.
Mas também sempre soube que, com a pessoa que escolhi para formar uma nova família, esse modelo estaria inevitavelmente comprometido.
Refeições com a família complecta... se forem 3 por semana já é semana de festa.
A colcha da cama não serve durante a semana quase toda porque há sempre quem durma... ou de noite, ou de dia.
Passamos dias sem falar porque quando chego está a dormir e quando vai embora durmo eu.
Mas hoje é diferente.
Hoje é “oficial” e vai mesmo para fora.
Hoje sinto-me só e desamparada.
Mas porquê?
Porquê?... Se afinal de contas vai voltar muito antes do que nos encontraríamos se estivéssemos no habitual desencontro de horários?
Eu sei porquê.
Já não é o não conversar, já não é o não o ver, já não é o ter que explicar aos meninos o porquê de não poder quase nunca programar o próximo fim-de-semana... a isso já quase nos habituamos.
Por vezes basta uma caneca suja de leite esquecida em cima da bancada, o chuveiro molhado ou uma peúga chulézenta caída na escada por descuido, um aroma de after shave pairando pela casa quando não é usado por nenhuma das pessoas presentes ou o carro estacionado de forma diferente de como eu havia deixado... basta qualquer pormenor para estabelecer contacto, para saber que “está aqui” e é nosso.
Mas hoje ele foi e levou a toalha.
A toalha de banho... o estojo da barba e a escova de dentes.
E é esse pormenor, de aparente pouca importância que afinal de pouca não tem nada, que faz a grande diferença, que marca a ausência tão breve mas tão profunda...
É o chegar a casa e encontrar tudo tal como deixei... nem mais arrumado nem mais desarrumado.
Não gosto. Não me deixa feliz.

terça-feira, 15 de abril de 2008


Que coisa meiga você é?

E eu esperava tudo menos isto!
Nem sei como interpretar!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

desabafo

Hoje vou-vos pedir que façam um exercício de imaginação.

Imaginem que no vosso local de trabalho, onde na maioria das vezes se encontram a trabalhar sem colegas, se vendem televisões.
Alguém compra uma televisão e no dia seguinte está de volta para a trocar por outra porque naquela não consegue entender o funcionamento do telecomando.
E ao 2º dia volta novamente porque também não consegue entender a segunda.
Mesmo depois da explicação feita umas milhentas vezes sem qualquer demonstração de interesse em perceber, continua a querer o “problema resolvido”.
E que se não se resolver o problema lhes dá com uma coisa “pelos cornos”.

Já imaginaram?
Pois para mim não foi imaginação, foi real.

Dei como exemplo a televisão, mas não se tratou de televisão mas sim de um outro aparelho que depois de posto a funcionar não tem volta possível.
O responsável pela área como sempre nunca está quando faz falta, e assim se vão dois dias do meu trabalho ao ar por causa daquela macaca gorda de baixa formação educacional.
E para que a quem anda a par das notícias da televisão, não surjam dúvidas de que eu trato todas as pessoas da mesma forma, devo acrescentar que a macaca gorda é branca e gorda. E se fosse magra e verde seria macaca magra exactamente com o mesmo desprezo.

É horrível sorrir para uma pessoa e fingir que não entendemos quando o que nos apetece mesmo é furar-lhe os olhos com um guarda-chuva.
Nunca ninguém se me tinha dirigido nestes modos.
Nunca a tinha visto, nem aquela p*** de m**da me conhece de lado nenhum.

Como levei a coisa na boa não houve alarido (agora sei eu e sabem voçês), mas por dentro deixou marcas muito profundas.
Estou triste.
Estou revoltada.
Estou farta de pessoas e não me apetece voltar ao trabalho.
NÃO QUERO aturar ninguém.
Estou saturada.
Estou em baixo.

Desculpem alguma expressão menos própria.

Quem me dera poder escrever o post anterior numa outra data.
Quem me dera.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Novidade do dia



Ora pois bem, cá vai a novidade:

Tive sorte e ganhei a lotaria.

Eu nem queria acreditar!

À volta de 350 mil Euros!

Eu nem sei bem quantos contos são!

Mas o que já me está a dar a volta à cabeça são as mais valias que irei pagar, pois ao que eu sei não são livres de impostos.
Se ao menos o prémio fosse mais pequeno eu não pagava tanto, não era?

E é aí que vocês entram!
Decidi sortear 10 mil Euros!

Hoje sou rica e não quero ver ninguém pobre!
Tenho dinheiro para distribuir!