sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Para onde olhar?

Tenho o hábito, feliz ou infeliz sei lá eu, de falar com as pessoas olhando para elas, para a cara delas e gosto de sorrir.
Não que o meu sorriso seja ou alguma vez tenha sido deslumbrante e até já tem umas rugazitas de expressão, mas... dá-me jeito.
Mesmo quando estou aborrecida, posso não sorrir mas para a pessoa olho sempre.

Há uma pessoa com quem estou e falo todos os dias que simplesmente não olha para mim. Porquê? Eu agia assim quando era criança e queria esconder alguma coisa.
Estou a fazer a experiência. Desde ontem à noite que também não olho e falo com essa pessoa sempre com os olhos desviados.

Não tem jeito nenhum, estou a fazer um esforço supremo.

Estou a escrever isto porque preciso de saber qual é a forma mais normal no ser humano, será que sou deselegante ao falar de frente para as pessoas?

Há dias passou por aqui um cliente que ao que parece não é destas bandas. Comprou o que queria e pediu o telefone daqui. Depois perguntou o meu nome. Assentou tudo na sua agenda electrónica e depois veio com a conversa que são as pessoas que “estão à frente dos negócios é que fazem as casas” e que aqui neste sítio as pessoas são muito fechadas e que não é habitual encontrar por aqui pessoas a falar assim tão abertamente e atenciosamente.

Não sei o que quer dizer abertamente pois não se falou de nada que não fosse assunto profissional, apenas o tratei como trato toda a gente que aqui vem, falei para ele olhando para ele e com certeza mostrei-lhe algumas das minhas rugazinhas de expressão.
Só espero que não tenha sido para nenhum programa novo de televisão pois o meu cabelo não estava nos melhores dias.

xxx - xxx - xxx - xxx

Acho que estou a ficar doida, tenho tantas saudades do tempo em que a minha avó se punha a cozer ao sol, sentada num mocho, com um chapéu na cabeça. Eu sentava-me nos pés dela e ela refilava que lhe fazia doer.
Ando à tempos a querer fazer isso. Já escolhi o sítio ao fundo do quintal junto ao chafariz dos cágados, já tenho o mocho para me sentar. Mas não tenho tempo, não tenho tempo...

Hoje apetecia-me ficar com a minha mãe.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Visitante nº 10.000

Ainda falta muito mas, à semelhança de outros bloguitos, uma lembrancinha seguirá para o visitante nº 10.000.

Para tal basta que comentem este post e enviem o tal print scrn.

As minhas histórias deste género nunca tiveram finais felizes. Senão vejam,
1ª - Acertei no nº mas não enviei a morada
2ª - Não sabia fazer o print
3ª - Neste blog preparei uma coisinha para o comentário já não me lembro quantos. Identificou-se mas não enviou destino para eu fazer o envio.
4ª - Acertei no nº mas fui a 2ª a fazer o comentário e só valia a primeira (malditos caracteres de validação que nunca acerto à primeira e só me fazem perder tempo).


Por isso mesmo, aqui valerão TODAS as visitas dez mil que enviem o comprovativo.

Vamos lá ver se desta vez as coisas não hão-de “correr a preceito”!


P.S. Para quem não souber (como eu também não sabia), o tal print faz-se calcando a tecla "Print Scrn SysRq" (ao lado do F12). Depois é ir por exemplo ao word ou excell e fazer "paste" ou "colar"

quarta-feira, 26 de setembro de 2007


"Meu amor
Há pessoas brancas, há pessoas pretas, há pessoas baixas,há pessoas altas, há pessoas magras, há pessoas gordas, há pessoas bonitas, há pessoas menos bonitas, há pessoas contentes, há pessoas zangadas, há pessoas felizes, há pessoas tristes, há pessoas grandes, há pessoas pequenas, há pessoas com cabelo loiro, com cabelo castanho, com cabelo preto, há pessoas de cabelo curto, de cabelo comprido, há pessoas com cabelo aos carocois, co cabelo curto, com cabelo comprido, há pessoas com olhos azuis, com olhos castanhos, com olhos verdes, há pessoas de toda a maneira mas todas são pessoas. Todas são diferentes, não há pessoas iguais. Mas todas são iguais porque todas teem coração, todas teem sentimentos, todas teem sorrisos e todas teem lágrimas. E o que é importante é gostar delas como elas são, é assim que se fazem amigos e os nossos amigos são o nosso maior tesouro."


"Eu sei mamã, já me disseste isso mais de mil vezes."


Há anos que repito esta "lengalenga" aos meus meninos e a termino sempre com os olhos razos de água.
E os dois sabem de cor a mesma resposta que não lhes foi ensinada por ninguem.

Então por que carga de água é que o meu menino de 5 anos que entrou á meia dúzia de dias para a escola dos grandes, faz parte do grupinho que chama gorda a uma coleguinha que por conta disso já não quer ir á escola?

Ontem sentmo-nos os 3 em consílio na mesa redonda da cozinha.
O papá ouviu calado.
Eu falei.
Ele confirmou.
Eu disse-lhe que estava triste e estava mesmo, de tal forma que me caiu uma lágrima.
Ele ficou atrapalhado.
Os meus meninos estão muito habituados a ver-me chorar de felicidade e alegria... mas não de tristeza.

Quando eu disse que o castigo seria não ver o zigzag (desenhos animados da RTP2), deitou a cabeça sobre a mesa e chorou silenciosamente.
Pensei que pudesse estar a exagerar mas senti que silenciosamente o papá me apoiava.

Eu nunca fui gorda e cheguei mesmo a fazer dieta para engordar, talvez eu até nem saiba avaliar bem o que pode significar para uma criança de seis aninhos ser gozada por isso.
A verdade é que a menina é bem gordinha mesmo mas, e daí? Todas as pessoas são diferentes!

Eu não quer que façam mal aos meus meninos, mas também não quero que eles façam mal aos meninos das outras mamãs que gostam tanto deles como eu gosto dos meus.

Aceitou muito bem a ideia de pedir desculpa á menina.
Vamos ver o que vai acontecer.

Isto pode parecer banal mas para mim foi um desabar... um desabar...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Desafio





E daqui veio este desafio:





O que estavas a fazer há 10 anos atrás?
Não tinha marido, não tinhas meninos, não me lembro se tinha namorado.
Vivia com os meus pais e a minha mana.
Sonhava com meninas e ainda não achava piada a meninos (hoje vejo como eu era burra neste aspecto).

O que estavas a fazer o ano passado?
Por esta altura estava a viver as preocupações da entrada da minha menina na escola dos grandes.
Hoje estou a reviver as mesmas preocupações com o meu menino.

5 Snacks que eu gosto:
Pistachios
Batatas fritas TRADICIONAIS (odeio com presunto, oregões, queijo, etc)
Kit kat
Chocolate Regina
Barrinhas de cereais

5 Músicas cujas letras conheço de cor:
Do principio ao fim complectamente mesmo toda acho que só sei o "Óh Rama óh que linda Rama"

5 Coisas que nunca voltaria a vestir/calçar:
Em caso de necessidade acho que não terias problemas em pôr o que quer que fosse para tapar o corpito.

5 Brinquedos que eu gosto:
Barbie
Nenuco
Computador
Sacho
Regador

Os 5 bloguitos que desafio:
Os primeiros cinco comentários a este post

terça-feira, 18 de setembro de 2007

8 anos


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

7 aninhos


Há sete anos atrás dormi tranquilamente a noite passada.
Quando o papá foi embora senti-me tão desamparada ali na cama com um bebé recem nascido na caminha ao lado da minha.


Olhei para ela tão pequenina, com cabelinho como eu queria e... tive medo.
Iria chorar de noite?

E se chorasse? Eu nunca tinha pegado num bebé acabadinho de nascer.
Iria ter fome? Eu nunca tinha amamentado.
Xixi? Eu nunca tinha mudado uma fralda... nem sabia.


Chamar alguém durante a noite seria a solução fácil... mas eu não queria sentir que estava a incomodar alguém.

Mas a minha menina foi uma querida e dormiu a noitinha toda.
Os outros bebés choravam.

E eu espreitava para ver como ela estava.
A dormir, a dormir com as suas duas super bochechinhas.
Ái!... que saudades.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

E lá os deixei

E pronto lá ficaram e eu vim embora como todas as outras e todos os outros.

Ela em perfeita sintonia com o ambiente, revendo os colegas e a professora querida.
Apesar da fenomenal birra logo pela manhã por questões de escolha de roupa, não me inspira cuidados fora do normal.

Ele, super entusiasmado, lá ficou sentadito sem perceber muito bem o que iria acontecer a seguir, rodeado de 20 crianças das quais conhece duas ou três. Caladinho como é habitual nele, fez-me um adeus sorridente, daqueles que sossegam qualquer coração.

O pai, lamenta não poder estar presente.

Eu, sinto vontade de chorar.
Sinto pena de não poder estar lá para buscar ao almoço.
Lamento não ser eu a ver a carinha com que sai da sua primeira manhã de aulas, não ser eu a primeira a escutar as suas impressões... não ser eu, não ser eu... sempre foi assim, apesar de viverem comigo nunca fui eu a primeira em nada.

Às vezes penso que se não os tivesse parido não teria feito nada por eles que ninguém mais tenha feito, na maioria das vezes primeiro do que eu.

Sinto-me velha.
Deixaram de entrar fraldas na minha casa e agora até já a entrada no Jardim-de-infância me está “vedada”.
Já não tenho crianças em idade pré-escolar, apesar de ele ainda ter os 5 anos.
Outro dia deixei um bilhete ao papá e a menina teve o desplante de me vir perguntar a ultima frase porque a letra estava torta.

Os meus bebés cresceram, agora são meninos e qualquer dia são adultos e eu não dei por isso.

Estou a pensar... já pensei muitas vezes, mas tem que ser muito bem pensado mesmo.
Há uns tempos ouvi falar de algumas instituições de crianças abandonadas, que não sendo adopção se poderia fazer uma espécie de apadrinhamento levando para casa aos fins-de-semana e proporcionando algumas vivências familiares.
Não sei se isso existe de facto, não sei se será bom para as crianças. Tenho medo de que as voltas para a instituição sejam dolorosas.
Passa por aqui tanta gente... com certeza haverá alguém que saiba.

Eu queria viver sem trabalhar, há tantas coisas boas que perco por causa do trabalho. E no entanto esforço-me por manter o trabalhito e se este acabar será uma luta doida para encontrar outro.

Carina, Carina, não entendeste o resultado daquele estudo maluco... eu também não. Pois não trocaria estes momentos de ansiedade que estou vivendo por dois meses de fabulosas férias no Haiti sem a existencia dos meus mais-que-tudo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Óculos

Desde sempre que achei muito triste, crianças com óculos.
Lembro-me de achar tão estranho a minha colega Maria José da 1ª classe, usar óculos.
Nunca gostei nem usei óculos de sol. Tenho uns para conduzir e até isso não me dá jeito, nunca uso.

Mas, aprendi com um menino lindo de um blog que gosto muito de visitar que não é bem assim.
Aprendi que os óculos hoje em dia são um acessório de moda e que já não teem aquele peso de antigamente.

Hoje há muito por onde escolher, de todas as cores e lindos para as crianças.
Aprendi tudo isso e sinceramente acreditei.

Acreditei até ao momento em que levei a minha menina ao oftalmologista por causa de uma pequena alergia que a fazia piscar os olhos e ouvi as palavras "...tem que usar óculos... estigmatismo... para usar sempre..."

Olhei para ela.
Ela olhou para mim.
O meu coração chorou em prantos.
O meu rosto sorriu "feliz".

Na minha família nunca houve uma criança com óculos.
Nunca tinha havido.

Disse-lhe que havia óculos lindos e corremos várias ópticas só para ver.
Para ver, como quem percorre stands á procura do automóvel dos seus sonhos, como quem procura uma vestido para uma festa especial ou uma prenda de anos para alguém de quem se gosta.
Ver tudo, comparar tudo... tudo... menos o preço.

Ela andava feliz. Descobriu que também os havia com florinhas, do Júnior, da Barbie...

Foi uma tarde feliz e acabámos, depois de muito ver por chegar à óptica que eu queria, propositadamente deixada para última.

Só aí então apresentamos a receita médica para escolher uns.

Experimentou vários... várias vezes.
Escolheu, aqueles que ela quis, que ela adorou.
Não influenciei nem tentei faze-lo.
É ela quem se iria sentir bem ou mal com aquilo que gostasse ou não.
Cabia-me apenas ficar delirante e entusiasmada com a sua escolha.

Ficou triste por não ficarem logo disponíveis. e fez-me guardar segredo para fazer surpresa.

Nunca esquecerei o momento em que saímos da óptica de mão dada, com a sua carinha de óculos e sorriso feliz.

Eu também estava feliz, muito feliz mesmo, mas... só por fora.
Por dentro chorava desconsoladamente.

Á noite, ao deitar, abraçou-me feliz: "Mamã, já tens mais um sonho realizado. Tens uma menina com óculos".
E dormiu feliz, na absoluta certeza de que estávamos as duas felizes.

E eu... sozinha chorei.
Deixei cair todas as lágrimas retidas... todas as guardadas e mais algumas que surgiram então.

Um dia quando ela entender, que tipo de mãe pensará que tem?
Uma mãe que sonha em ter uma menina com problemas de vista?
Tenho medo desse dia, se e quando, na rebeldia da adolescência me fizer tal acusação.

Por enquanto... já lá vai quase um mês e continua a adorar os óculinhos.
E eu... eu continuo com o mesmo entusiasmo e alegria.

E por dentro... por dentro estou um pouquinho mais conformada e cada vez mais lembrando que o oftalmologista também disse "...mas não se preocupem que isto não é nada de especial... é pouquinho... volta daqui a um ano... pode ser que deixe de precisar..."

Pois... pode ser... ou pode não ser.
Hája saúde!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Certificado

Vindo directamente daqui e daqui.

Obrigado Patricia e Isália! Podem crer que é reciproco.

Não sei a quem o passar.
Como hei-de saber se nem tão pouco consegui fazer o tal corte que anunciei há dias?

Assim sendo, são voçês que vão que vão identificar as minhas escolhas, isto de forma a que eu tenha mais algum tempinho para vos visitar.

Passo este certificado a todos aqueles blogs que tenham 5 posts seguidos comentados por mim.

Eu próprio me pergunto: "Será que são muitos? Será que são poucos? Será que há algum?"

Quem serão os contemplados?

sábado, 8 de setembro de 2007

9 de Setembro

Descobri quase por acaso.
Um ano deste blog.

Fico curiosa sobre o que terei dado ao mundo da minha vida particular.
Convido-vos a falar.
Não para dizer se sou boa ou má pessoa.
Não para terem oportunidade de falar mal de mim com autorização.
Não para me deliciar com palavras bonitas que possam dizer-me.
Nada disso.

Apenas e tão somente para que me digam o que descobriram de mim.
Quem sou eu?
Que imagem tenho eu na mente de cada um de vós?


11/09/2007
Os comentários estiveram temporariamente moderados.
Não para esconder algum mas para que ninguem fosse influenciado pelos já existentes.
Serão publicados na integra e pela ordem com que foram efectuados.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Mais uma plantação a rebentar pelas costuras

E depois deste sucesso com muitas sugestões úteis, atrevo-me a abusar da paciencia e perguntar agora:


E os pepinos?


Além da tradicional saladinha com oregãos, descobri á poucos dias que cortados em tiras grandes são óptimos para acompanhar com migas alentejanas.


Mas nem todos os dias se comem migas (pesaditas, não?).


Preciso de ideias, já pus dois no lixo, não sei mais como fazê-los.


Muito obrigado!